A morte de Marco Paulo deixou o país de luto: entre familiares, amigos e fãs, o cantor foi rodeado de caras conhecidas até à sua última morada. Contudo, há quem realce que houve uma atitude menos correta.
O tema foi comentado no V + Fama, desta terça-feira, 29 de outubro e Adriano Silva Martins deu o mote. “Foi um fim de semana de luto para todos os que gostam de Marco Paulo. Depois da câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, os restos mortais do cantor descansam desde o passado sábado, dia 26, no Cemitério dos Prazeres da capital. Familiares e amigos prestaram-lhe homenagem, assim como milhares de fãs. Mas será que, no derradeiro momento, se deu o devido reconhecimento a Marco Paulo?”.
António Leal e Silva, que reconheceu não ser amigo próximo do cantor e, por essa mesma razão, não marcou presença nas cerimónias fúnebres garantiu: “Acho que se deu algum reconhecimento: basta estar na Basílica da Estrela. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou presença e ainda concedeu umas declarações, disse umas palavras bonitas. O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, também marcou presença e disse que lhe ia atribuir uma medalha póstuma.”
“Acho que não ficou bem”
Mas o apresentador não ficou satisfeito e acabou por fazer uma comparação, criticando a atitude de não se ter decretado um único dia de luto pelo falecimento de Marco Paulo: “Quando morreu a rainha Isabel II, decretou-se três dias de luto nacional e para Marco Paulo, que é uma das maiores referências na música popular portuguesa, não se decretou nenhum dia de luto…”
“Se calhar é capaz de ser muito o luto nacional… Não sei qual é o critério, não faço ideia, sinceramente”, comentou de seguida António Leal e Silva. Adriano Silva Martins acrescentou, mostrando-se indignado: “O problema é que acho que não há um critério. Ou, pelo menos na Presidência da República de Marcelo Rebelo de Sousa, não há critério, porque, no momento em que morre George Michael, há uma declaração do Presidente da República e a um dos homens que mais vendeu discos em Portugal, que mais viajou pelo mundo, representando Portugal, não se decreta nem um dia de luto nacional? E à rainha Isabel II decreta-se três dias, por muito respeito que tenha pela rainha?”
“Acho que não ficou bem”, rematou.
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