
Sofia Ribeiro vive um momento delicado com a mãe, Salomé Ribeiro, de 74 anos. A progenitora da atriz está a morar na rua, em Lisboa, e já chegou mesmo a “chorar e a pedir ajuda” a uma antiga vizinha.
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Este sábado, dia 19 de abril, Sofia Ribeiro recorreu ao seu Instagram para fazer um desabafo sobre a situação pela qual está a passar: “A saúde mental continua a ser um enorme tabu na nossa sociedade. É uma luta constante para demasiados e para as suas famílias. Uma luta tantas vezes solitária e silenciosa. O que é suposto fazer quando uma irmã agride a tua mãe, invade a sua casa, recusa-se a sair, chamas a polícia mais do que uma vez e dizem que percebem a situação mas que nada podem fazer porque não foi em flagrante e porque é filha?”, começou por escrever.
E continuou, revelando que já pediu apoio várias vezes: “O que é suposto fazer quando a tua mãe desaparece sem deixar rastro, uma vida toda assim? De x em x tempo, sistematicamente, desaparece. O que fazer quando a tua mãe não faz a medicação necessária e recomendada para conseguir ter uma vida sã e minimamente equilibrada. Sendo que não podes obrigar, nem consegues porque te despedaça… e porque ela volta a fugir. O que fazer?! Quando já pediste apoio, a polícias, médicos, assistentes sociais, tribunais e até agora nada”.
“Somos seis filhos. Dois, com os mesmos problemas psicológicos da mãe. Os outros três, pelos seus motivos, não querem relação. Sobro eu. O que fazer quando te responsabilizas com renda, contas, alimentação, mesada mas tudo se repete? Se souberem o que fazer, por favor digam. Tenho lidado o melhor que sei e que consigo com isto e com tantas outras questões familiares que tenho tentado resguardar o mais possível, anos e anos assim…”, escreveu ainda.
“O que é suposto fazer?!”
A atriz revelou que se “sente a sufocar” com aquilo que está viver: “Tento seguir com a vida, focada nas minhas sobrinhas, no meu trabalho, em mim, na minha saúde física e mental mas a verdade é que há dias que me sinto a sufocar. E sinto se continuar assim um destes dias rebento. Crescemos a ouvir dizerem que questões familiares se resolvem em casa. Que é de mau tom falar publicamente, é vergonhoso. O que é que vão pensar? Pois com medo e vergonha do que vão os outros pensar, gente adoece, gente é agredida diariamente, violentada, morta, gente e gente a viver na miséria mas calada”.
“Perdoem-me os convencionais que não compreendam o alcance desta mensagem. Não conto que se solidarizem já que não fazem (e ainda bem) a mínima ideia do que é viver com o coração nas mãos. O que é suposto fazer?! Deixar a dor, a revolta, a angústia e a impotência corroer a alma até um destes dias cair-se para o lado ou numa cama de hospital? Desde miúda tentei fazer das dificuldades trampolim para me focar e encontrar o melhor lado das coisas. Essa tem sido a minha maior ferramenta para manter à tona”.
Sofia Ribeiro referiu também que há dias nos quais se vai abaixo, mas que decidiu tirar um tempo para si: “Quem me conhece, sabe bem. Quem sempre me acompanha por aqui faz uma ideia e sei que me sente. E embora o sorriso para a vida, e para o que me oferece de bom ou menos bom me caracterize. Há dias que me vou abaixo, como anteontem. Estou em viagem, tirei uns dias para mim (…)”, acrescentou, deixando um agradecimento pelas mensagens que tem recebido.
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Texto: Sofia Mendes Fotos: Redes sociais