Uma recente investigação do jornal Público deu conta de um grupo no Telegram, constituído por cerca de 70 mil pessoas, que expunha mulheres na sua intimidade. O tema mereceu destaque no programa Passadeira Vermelha, da SIC Caras, e Sara Norte acabou por fazer uma revelação aos outros comentadores, que também se mostraram revoltados.
"Para mim, estes homens estão a tentar medir 'pilinhas'. Isto para mim é nojento, andarem a partilhar fotografias de pessoas com quem tiveram relacionamentos. [...] Acho que aquilo que fazemos, principalmente com casos de uma noite, ninguém tem nada a ver com isso", começou por dizer.
E eis que Sara Norte resolveu partilhar uma situação que aconteceu consigo. "Um amigo meu, que estava nesse grupo, mandou-me uma fotografia minha com um vestido, devia ter 19 ou 20 anos. Aquela foto, em que estava sem soutien, que não era transparente nem nada... Só que depois mandaram-me a mesma fotografia e dava para ver as mamas por dentro", contou.
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"Descobri a foto original até que a mandei ao meu amigo e agradeci o facto de me ter avisado. Mas a verdade é que aquela imagem tinha sido adulterada, tem de haver punição para estas pessoas. As redes sociais já atingiram um patamar em que tem de haver legislação", referiu.
Joana Latino, comentadora também em estúdio, não deixou de dar a sua opinião. "Gostava de falar diretamente para os homens que partilham este tipo de imagens. Sei que o homem é um bocadinho diferente da mulher a lidar com a sua sexualidade", começou por dizer.
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"De qualquer maneira, isso não dá o direito de permitirem que façam com as vossas filhas, com as vossas mães, com as vossas irmãs e com as vossas mulheres estas partilhas completamente imundas da intimidade de pessoas que, se calhar, vos cederam essas imagens de forma amorosa", acrescentou.
"As mães e as irmãs de pessoas como estas, acham muito giro que são só os rapazes a ser rapazes. Temos de mudar tudo, às vezes acham que os rapazes que são muito machos é que são homens a sério", acrescentou ainda Joana Latino, referindo que há uma necessidade urgente de educar os jovens com os devidos valores.
A jornalista referiu ainda que esta é uma realidade que pode acontecer em diversos sítios. "Já todos vimos no nosso local de trabalho comportamentos deste género. Grupos de homens a rirem-se imenso de imagens pornográficas, acho isso uma atitude homens das cavernas", disse.
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"E nunca achei que isto pudesse vir a ser feito com pessoas que não pediram para isto lhes acontecer, viram-se arrastadas. Isto é um retrocesso inacreditável", completou Joana Latino.
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