
Quando venceu o Big Brother 1, Zé Maria não sabia o que o esperava. O barranquenho tinha saído do anonimato para passar a ser uma das caras mais conhecidas de Portugal. Nos anos que se seguiram, tentou fazer vida em Lisboa, mas as coisas não correram como ele desejava. Além de ter investido num restaurante, juntamente com Henrique Torres, vencedor da segunda edição do Big Brother, que acabou por fechar, foi traído por quem o rodeava.
“Deixa-me triste porque está a fazer-me relembrar de situações e de pessoas que eu conheço, pessoas que se aproveitaram dele. Como ele tem um bom coração e acha que os outros são como ele, acabaram por se aproveitar, e eu hoje vejo-os na televisão. Eu hoje vejo-os no mundo da televisão e digo ‘meu Deus, como é que é possível?’ Essa pessoa tentou aproveitar-se, não só dele, ele andava sempre atrás de nós, mas conseguiu com o Zé, para conseguir o objetivo dele, e o objetivo dele foi realmente furar para o mundo da televisão”, acusa Susana Almeida, que ficou em segundo lugar na edição de Zé Maria, sem querer adiantar nomes.
“Era o que ele devia ter feito…”
“Isso a mim causa-me revolta, muita revolta, mas eu acredito que nada acontece por acaso. Acho que hoje estás lá em cima, amanhã podes estar lá em baixo e acredito que aquilo que ele fez vai ter a paga”, diz, garantindo que Zé Maria “conseguiu dar a volta por cima”. “As vezes que eu cheguei a conversar com ele foi para lhe dizer que ele não teve a capacidade de perceber que deveria ter voltado à terra dele, pelo menos para pousar ou assentar o pó na altura da euforia, na altura da saída, que era o que ele devia ter feito, era voltar à terra dele, dar um tempo, e depois regressar. O Zé não, o Zé ficou numa grande capital, onde lidava com muita gente e com gente que realmente não interessava, que andava só atrás dele por interesse. Isso deixa-me melancólica”, reconhece, admitindo que esta traição por parte da figura pública possa também ter levado à descompensação psicológica de Zé Maria.
“Quando nós confiamos em alguém, temos esse alguém muito próximo e somos atraiçoados, é preciso ter arcabouço e uma capacidade psicológica muito grande para conseguir gerir. O envolvente em si já era complicado, mais complicado ainda se torna quando temos pessoas muito próximas e depois levamos esse choque”, conclui.
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Texto: Ana Lúcia Sousa (ana.lucia.sousa@worldimpalanet.com) e Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt) Fotos: Arquivo Impala, D.R. e Reprodução TVI