
É uma teoria popular comum: os homens ficam mais doentes, ou pelo menos agem como se estivessem mais doentes, enquanto as mulheres se queixam menos quando isso lhes acontece.
De acordo com a Time, a evidência científica não é conclusiva no que toca a este tema.
Porém, há estudos que mostram que, efetivamente, as células do sistema imunitário reagem de forma diferente aos vírus consoante o género.
Um estudo publicado na 'Brain, Behavior and Immunity', por exemplo, avaliou ratos adultos e concluiu que os machos apresentavam mais sintomas do que as fêmeas quando expostos a bactérias que causam sintomas semelhantes aos da gripe.
Os machos também tinham mais flutuações na temperatura corporal, febre e sinais de inflamação, e demoraram mais tempo a recuperar.
Os estudos com animais nem sempre se aplicam aos humanos, porém vários investigadores têm concluído que as células imunológicas masculinas têm mais receptores ativos para certos elementos patogénicos.
"Nem sempre é a presença de micróbios ou vírus que nos faz ficar doentes. É a nossa resposta imunológica, e os estudos científicos mostram que os homens têm uma resposta reforçada que chama as células para o local da infeção, o que contribui para a sensação de estarem doentes", revelou a microbiologista Sabra Klein, citada pela referida publicação.
A razão para isto não é clara e existem várias hipóteses colocadas pela ciência: a testosterona e o estrogénio podem afetar o sistema imunitário de formas diferentes; os compostos à base de estrogénio podem dificultar a infeção por vírus; os homens poderão ter ficado com o sistema imunitário mais fraco devido à tendência de comportamentos de maior risco; as mulheres transmitem mais facilmente os agentes patogénicos aos seus filhos, podendo desenvolver mais defesas naturais contra eles.
Porém, num estudo publicado em 2016 na 'Nature Reviews Immunology', Sabra Klein concluiu que os homens caucasianos mostravam uma maior suscetibilidade a certas doenças, e as mulheres a outras, como doenças autoimunes, por exemplo.
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