
A partir de 20 março e até 31 de maio estão abertas as candidaturas ao PNT – Prémio Nacional de Turismo 2025 em cinco categorias. Ao Turismo Autêntico, Turismo Gastronómico e Turismo Inclusivo adicionam-se, nesta sétima edição, duas novidades: Turismo Azul e Turismo Comunitário.
Turismo com valor para todos
Este é um “momento de celebração do setor do turismo, da qualidade, excelência, autenticidade, inovação e inclusão”, destaca Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, na apresentação da 7.ª edição do PNT, destacando a superação da barreira histórica de “27 mil milhões de euros de receitas de que Portugal beneficiou em resultado da atividade turística”. O valor representa “quase 10% do PIB nacional, mais do que um PRR, e isto acontece todos os anos”, sublinha.
“Estamos num momento de criação de uma estratégia nova, para 2035, uma visão a 10 anos, mas que possa ser ajustada à rapidez com que o mundo muda rapidamente” destacou o responsável, apontando para os pilares do setor: “empresas, organizações públicas, numa parceria público-privada que penso será a que mais sucesso terá em Portugal”, apontou, sublinhando a importância estratégica de “penetrar nos mercados internacionais e apresentar uma proposta de valor mais autêntica e genuína, capaz de vencer pela qualidade e não pelo preço” e focando ainda as “420 mil pessoas” que trabalham no setor.
“Aquilo que nos move é criar valor para as comunidades, residentes e aqueles que vivem em Portugal porque o turismo é um instrumento que temos para melhorar a qualidade de vida das pessoas” o que só se consegue criando mais valor que possa ser distribuído “de forma mais justa, equitativa, chegando a todos os territórios e a todos. Não tenho dúvidas de a grande ambição do setor é construir um turismo com valor para todos”, concluí.
Diamizar, modernizar e estimular o setor
A abertura do evento de lançamento do PNT 2025 ficou a cargo de Ana Rosas Oliveira, Administradora BPI que fez questão de “valorizar o extraordinário contributo da BTL”, uma Feira em que “sente-se o turismo, a vida, a motivação e o impacto em termos do nosso país”. “O BPI tem uma parceria estratégica com a BTL deste 2016 e renovámos a nossa posição de banco oficial da BTL, o que é mais uma evidência do nosso compromisso e a forte ligação com o setor do turismo”.
Ana Rosas Oliveira salientou ainda que “o BPI apoia empresas, projetos e profissionais na concretização dos seus projetos, contribui há décadas para a dinamização, digitalização e modernização, transformação e crescimento sustentável do setor do turismo”. Assegurou também que o BPI “apoia e continuará a apoiar o turismo, a apostar no setor, financiar, divulgar, estimular e premiar todos os projetos com impacto no nosso país e que nos tornam diferentes”.
Desafios para os próximos 10 anos
Seguiu-se um debate subordinado ao tema dos “Desafios para os próximos 10 anos” que contou com a presença de Elsa Marçal, Vogal da Comissão Executiva do Turismo Centro de Portugal e dois dos premiados do PNT em 2024. O Parque Biológico Serra da Lousã, representado por Fátima Ramos, que abordou o Turismo com propósito social (Prémio Turismo Inclusivo 2024), e Oh My Cod Food and Cultural Tours (Prémio Turismo Gastronómico 2024) apresentado por Sílvia Olivença. A moderar o debate esteve Ricardo Costa, Chief Content Officer Impresa que referiu a “grande satisfação na associação do Expresso, mais uma vez, a esta iniciativa”. O Prémio Nacional de Turismo, referiu, “já se transformou num evento anual da BTL e de todo o ecossistema do turismo em Portugal e da economia portuguesa. Todos os anos quando os prémios são lançados vemos o seu contributo para o PIB e todos os anos melhorando e expandindo, do ponto de vista quantitativo como também qualitativo”.
Relembrou ainda que “Portugal tem conseguido melhorar e absorver uma quantidade que muitos entendiam não ser possível, de número de turistas, equipamentos, empregados, pessoas que trabalham no setor, empresários, capitais, tem havido procura para a quantidade e para a qualidade. No último verão foi evidente, houve muitas queixas sobre o preço, mas é uma boa notícia para o setor e para economia em Portugal”.
Sobre o Prémio Nacional de Turismo, Ricardo Costa salientou que “todos os anos são introduzidos novos prémios porque os projetos que estão a ser criados, em função das alterações da oferta e da procura do próprio setor, são projetos que merecem ser premiados, uma vez que são espaços e conceitos novos que o público e os turistas procuram. Para o ano aqui estaremos e já sabemos que este é um dos setores que certamente continuar a crescer. A economia portuguesa deverá ter um crescimento de 2,5% e já sabemos que havendo crescimento em Portugal o contributo do turismo lá estará. Para o ano, cá estaremos e provavelmente com novas categorias.”