A partir de Chaves, uma das melhores formas de explorar o território do Alto Tâmega e Barroso é através das caminhadas. No total são 80 km de trilhos para desfrutar do rio Tâmega, da paisagem e do património. São seis as rotas de pequena e média dimensão que compõem o projeto “Trilhos de visitação do Património natural e cultural de Chaves” e o passeio verde desta semana tem paragem em vários pontos de visita obrigatória.
Estimular os sentidos nas margens do Tâmega
Com o rio Tâmega como cenário, um passeio a pé por Chaves conduz necessariamente à Ponte Romana ou Ponte de Trajano, nome pelo qual também é conhecido o emblema da cidade transmontana. Se do alto da ponte a vista para o espelho de água conquista o olhar, junto às margens há um percurso que estimula os restantes sentidos. Uma vez aqui, é fácil perceber porque se dá o nome de “Margem dos Sentidos” ao trilho, uma pequena rota linear, bastante fácil e inclusiva, que integra elementos de interpretação do espaço natural e ambiental.
Junto à Ponte Romana encontra-se o início da Ciclovia de Chaves, um percurso acessível a todos, quer seja feito de bicicleta ou a pé. Com 7 km de extensão, segue sempre o curso do rio Tâmega pela margem, passa pelo jardim da cidade com os seus cedros centenários e prossegue, já fora da área urbana, por terrenos cultivados.
Percursos com ligação à água
O “Trilho de Moinhos de São Lourenço” começa junto à fonte da aldeia e passa pelo miradouro de onde se avista todo o amplo vale onde se instalou a cidade de Chaves. “Desce até aos passadiços dos moinhos de São Lourenço, estruturas artificiais em madeira (varandins, corrimões, pontes e escadas) que permitem percorrer em segurança cerca de 100 metros das margens ribeirinhas de uma linha de água que serviu, outrora, como fonte de energia motriz para um conjunto de moinhos de água, agora em ruínas. Neste troço, é ainda possível apreciar uma paisagem verdadeiramente singular, onde se destacam cascatas, formas de erosão provocadas pela ação da água e a vegetação ripícola”, segundo o município de Chaves.
A pequena rota “Trilho de Vidago – Arcossó”, um percurso pedestre linear, inclui passagens junto à margem direita do rio Tâmega e pela antiga linha de caminho de ferro do Corgo. Já a pequena rota “Trilho de Seara Velha - Castelões” é circular, com uma variante. Passa pelo Santuário da Nossa Senhora das Necessidades. Os caminhantes são convidados a provar a água considerada milagrosa pela população local. Também a Pequena Rota “Trilho de Vilarelho da Raia”, um percurso circular com 17,4 km, passa pela fonte das Águas Mineromedicinais da Facha, junto à ribeira de Cambedo. Acresce que este percurso coincide com um dos antigos trilhos do contrabando, um dos mais representativos da história do contrabando em Portugal.
Outros trilhos de Chaves
Os percursos pedestres podem ainda ser aprofundados numa vertente etnográfica através do projeto Avivar ou de forma mais personalizada através da aplicação Feel Chaves, disponível para Android e IOS. Outro exemplo é o “Trilho do Castelo de Monforte”, que começa no centro da aldeia de Avelelas, passa pela capela de Santa Bárbara e se dirige ao castelo. Apesar de a área ter sido atingida por incêndios, preserva a beleza original e a natureza é exímia em renascer das cinzas.
Caminhar ou pedalar lado a lado com o Tâmega
Para percorrer a pé ou de bicicleta, sugere-se a Ecovia do Tâmega, com cerca de 30 km sempre à beira rio e atravessando antigas pontes ferroviárias e caminhos rurais. A Ecovia do Tâmega é o Corredor Ecológico Transfronteiriço que une, sempre à beira rio, Chaves e Verín. O Rio Tâmega, que é Rede Natura 2000, é o cicerone da ecovia. Afluente do Douro, o Tâmega nasce alguns quilómetros a norte de Verín, e em todo o seu curso serpenteia por um terreno montanhoso até chegar ao Vale de Monterrei e à Veiga de Chaves. O curso do rio entra em Portugal e une-se ao Douro em Entre-os-Rios. Em território de Chaves, a rota passa pelas Lagoas, criadas de forma artificial pela extração de areia, é hoje santuário de aves e ponto de passagem e nidificação para algumas espécies migratórias. Foram por isso criados três percursos de birdwatching associados à Ecovia do Tâmega: as Rotas de Observação de Aves de Tamaguelos-Mourazos, A Raia e as Lagoas de Chaves.
Outra opção é a Ecovia Internacional do Tâmega e do Corgo, uma antiga linha de caminho de ferro que unia, desde o século XIX, as estâncias termais de Vidago e Pedras Salgadas e as localidades de Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Chaves à Linha do Douro. A antiga linha do comboio é hoje uma via pedonal e ciclável, num percurso de cerca de 12 km, em parte acompanhando o curso do Tâmega.
Destino bio saudável e transfronteiriço
Com um percurso substancialmente maior, a Rota Termal e da Água segue por uma viagem de quase 50 km, que leva o caminhante até à Galiza. Esta rota faz a ligação entre o património balneário de Verín com o de Chaves e Vidago, unindo as principais fontes, balneários e termas deste território transfronteiriço. A rota tem uma extensão total de 46,4 km e um tempo estimado de 46 minutos percorrendo de automóvel. O “destino bio saudável” de Chaves-Verín-Vidago, é um destino transfronteiriço, termal e de águas mineromedicinais. “A Rota Termal e da Água”, circuito de touring, é uma das propostas de Chaves-Verín para conhecer a Eurocidade da Água. Os seus itinerários levam o visitante pelos lugares mais emblemáticos e de maior interesse turístico. E "sempre com a água como cenário e como protagonista em forma de rio, de nascentes, de balneários e de ofertas de termalismo e spa”, esclarece o município de Chaves.
A empresa Ideias Essenciais (Tel. 916996431) organiza passeios na Eurocidade Chaves-Verín (Espanha) e em toda a região do Alto Tâmega. Para descontrair à boleia das águas termais de Chaves, o melhor é escolher um dos Programas completos e exclusivos que integram saúde, bem-estar e relaxamento, em harmonia com a natureza...
Parque centenário de Vidago
As tradicionais fontes de água termal e a riqueza botânica deste parque centenário são requisitos justificados para uma paragem no roteiro. Com as suas árvores centenárias e espécies de flora de rara beleza, como magnólias, plátanos, cameleiras, azevinho, pinheiros ou alfazemas e o lago emolduram o premiado Vidago Palace Hotel. As alamedas, caminhos, trilhos e espelhos de água convidam os visitantes a passear por entre o arvoredo que muda de cor conforme as estações do ano. Em pequena quantidade, é possível provar a água da Fonte da Água de Vidago, junto ao hotel.
O início da turística Nacional 2
É também em Chaves que tem início, ou fim, a emblemática Estrada Nacional 2, que atravessa o país até Faro, em 739,26 km, passando por 35 municípios, 11 serras e 13 rios. Em cada ponto de passagem é sugerido um roteiro de visita, para que o viajante descubra o território durante o trajeto. Entre as atividades sugeridas, a Living Chaves (Tel. 935585905) propõe visitas guiadas personalizadas e experiências de descoberta do Património Etnográfico (participação em atividades agrícolas, pastoris, artesanais, como vindima, pisar uva, apanha da azeitona, descortiçar o sobreiro, plantação de árvores, ateliers de olaria, pintura ou cestaria, entre outros).
Pelos Caminhos de Santiago
Por aqui passa também o Caminho Português de Santiago Interior, com cerca de 38 dos 385 km entre Viseu e Santiago de Compostela a atravessarem o território de Chaves. O peregrino encontra um traçado muito próximo do original, em ambiente rural e com albergues de apoio pelo caminho.
Passeio Verde é uma iniciativa Boa Cama Boa Mesa, com o apoio da Kia Portugal, que semanalmente, ao longo do ano de 2024, vai dar a conhecer espaços naturais, experiências e atividades na natureza. O Passeio Verde foi realizado com o Kia Niro EV 100% elétrico, Carro Oficial Boa Cama Boa Mesa.
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