O cantor Antonio calvário realçou este sábado "a voz inconfundível, bem colocada e o timbre maravilhoso" de Marco Paulo, que morreu na passada quinta-feira.
António Calvário, que era um dos ídolos de Marco Paulo, como afirmou o cantor numa entrevista à agência Lusa, é uma das personalidades que se deslocou este sábado à Basílica da Estrela, em Lisboa, para assistir às cerimónias fúnebres de Marco Paulo.
O intérprete de "Oração" referiu-se a Marco Paulo como "uma figura imortal" e realçou a sua vocação para a música desde adolescente, quando o conheceu.
Também a fadista Lenita Gentil, amiga de Marco Paulo há mais de 60 anos, recordou a boa disposição do intérprete de "Maravilhoso Coração".
Lenita recordou as anedotas que Marco Paulo lhe contava e os momentos divertidos que ambos passaram.
Admiradora confessa de Marco Paulo, Lenita referiu que o legado dele "está aí, nos muitos jovens que o procuram seguir e até imitar".
Os dois intérpretes realçaram Marco Paulo como um exemplo na luta contra a doença oncológica que sofria há cerca de 26 anos.
Marcelo não está presente
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve presente sexta-feira no velório de Marco Paulo, não está presente este sábado por razões de agenda, disse à agencia Lusa fonte da Presidência da República, que enviou um membro da Casa Militar do Presidente.
O funeral de Marco Paulo realiza-se este sábado da Basílica da Estrela para o Cemitério dos Prazeres, onde ficará no jazigo da família.
Marco Paulo, 79 anos, morreu na madrugada da passada quinta-feira, na sua residência no concelho de Sintra, nos arredores de Lisboa, tendo protagonizado uma carreira de mais de 50 anos, marcada por êxitos como "Ninguém, Ninguém". "Eu Tenho Dois Amores" ou "Maravilhoso Coração", entre outros.
Natural de Mourão, no distrito de Évora, Marco Paulo era o nome artístico de João Simão da Silva.
Na passada sexta-feira, o parlamento aprovou, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República pela morte do cantor.
No voto assinado por José Pedro Aguiar-Branco, refere-se que Marco Paulo "viveu uma carreira artística longa e frutuosa, com mais de cinco décadas e 70 álbuns lançados". Salientando-se ainda que se tornou "um dos nomes cimeiros do cançonetismo português".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o cantor com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, em maio de 2022.