Nos últimos dias, temos assistido a um debate aceso na sociedade portuguesa em torno de um caso trágico: uma PESSOA morreu e outra PESSOA, um agente da PSP, foi responsável pelo disparo fatal. Este incidente gerou uma onda de reações inflamadas por parte de forças políticas como o Chega e o Bloco de Esquerda, que parecem ter-se esquecido de um ponto fundamental – em ambos os lados, estamos a falar de PESSOAS.
De um lado, temos uma PESSOA que perdeu a vida, e do outro, uma PESSOA e agente da autoridade que tomou uma decisão fatal e que, independentemente do que a justiça apure, ficará marcada para sempre. Ambos têm famílias, amigos, pessoas que se preocupam com eles. Um era polícia, o outro já pagara por crimes que cometera no passado, mas a sua história poderia ter sido o contrário com outro contexto social. Porquê julgar antes do tempo?
É profundamente preocupante ver a radicalização do discurso. Enquanto o Chega defende que toda e qualquer ação policial é justificada, o Bloco de Esquerda vê racismo em cada atuação das forças de segurança. A verdade, como tantas vezes acontece, estará algures no meio. Tomar posições tão extremadas, antes de haver conclusões da investigação ou decisões da justiça, não só revela falta de responsabilidade, como de falta de bom-senso. O caso está nas mãos da Polícia Judiciária, e devemos respeitar esse processo.
Chega e Bloco de Esquerda: O extremismo nos discursos
As declarações do líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, que afirmou que “se os agentes disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem” (Fonte: RTP), são de um total desrespeito alarmante pela vida das PESSOAS. No outro extremo, Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, incita ao ódio com frases como “Morreu um cidadão negro, saia uma medalha para quem o matou”, insinuando racismo generalizado nas PESSOAS das forças policiais e insinuando conivência do governo. Este tipo de retórica apenas aprofunda as divisões na sociedade.
Vandalismo e Sensacionalismo: Uma Combinação Perigosa
Aproveitando-se da tragédia, grupos organizados têm vandalizado propriedades e agredido pessoas que nada têm que ver com o incidente. Incendiar bens ou agredir PESSOAS não é uma forma de protesto legítima – é apenas vandalismo para causar o terror. Uma PESSOA que conduzia um autocarro ficou gravemente ferida à custa destas atitudes bárbaras.
Infelizmente, parte da comunicação social mais sensacionalista também contribui para este clima incendiário, publicando e corrigindo informações com pouco critério e sem factos apurados. A CM começou por noticiar isto:
que depois, decide corrigir para isto:
Um apelo à moderação e à espera pela justiça
Faço um apelo aos moderados: aguardemos a investigação e o trabalho da PJ, e que todos os factos sejam apurados antes de tirarmos conclusões. Deixemos que a justiça, e não a radicalização, prevaleça. Não caiamos nas armadilhas dos extremos – seja do Chega, seja do Bloco de Esquerda. Eles estão a cavar trincheiras e a fomentar o caos, em vez de procurar soluções.
Por fim, expresso os meus pêsames à família da PESSOA falecida, desejo força à família da PESSOA e agente da PSP envolvido e as rápidas melhoras à PESSOA e condutor de autocarros que sofreu ferimentos graves.
Programador informático e membro da Iniciativa Liberal