As férias grandes já chegaram para grande parte da população escolar. Os tempos são agora mais livres, com uma diversidade de atividades para que estes cerca de três meses sejam o melhor possível. Há os que procuram os trabalhos sazonais e aqueles que dedicam o tempo ao lazer, a começar pela praia. Mas mais tempo livre é sinónimo também de atividades dentro (e fora) de casa, com destaque para os videojogos, já que, sabemos, metade dos europeus, de todas as idades, dedicam-se a esta atividade.
Os videojogos têm várias vantagens. Jogados de forma equilibrada, permitem que sejamos, por um bocado, exploradores de mundos que não existem; treinadores ou futebolistas de topo; viajantes do tempo; entre muitas outras coisas. E a experiência não precisa de ser solitária. Aliás, tende a ser cada vez menos. A imagem de alguém a jogar sozinho, horas a fio, escondido do sol, parece ser uma imagem ferida de verdade, que entra no perigoso campo da generalização.
Jogar videojogos online permite o contacto com amigos que estão longe, como muitas vezes é o caso das férias escolares. Pode até ser a única forma de manter o contacto e companheirismo com os colegas do dia a dia do período escolar. Na versão online dos videojogos, é ainda possível testar a qualidade da nossa forma de jogar em competições amigáveis contra jogadores de todo o mundo ou, mais uma vez, apenas contra os nossos amigos.
E um novo videojogo pode ainda ser uma desculpa para juntar amigos numa tarde ou noite de confraternização, ou para ser um programa divertido para se fazer em família. As possibilidades são tão infinitas como os tipos de videojogos existentes.
Respondendo aos temores, hoje é fácil deixar que os filhos tenham o controlo na mão, sem que os pais percam o seu controlo. Por exemplo, existem mais de 30 mil títulos classificados com o sistema de classificação etário PEGI (Pan-European Game Information), fundado em 2003, e disponível enquanto aplicação para ser descarregado em iOS ou Android. Graças a este sistema, os pais sabem se o jogo que vão comprar, ou que o seu filho vai comprar ou receber emprestado, é adequado para a sua idade.
Também é possível, através dos diversos equipamentos – consolas de videojogos, dispositivos portáteis, smartphones e tablets estão equipados – proteger a privacidade e segurança dos jogadores mais jovens, além de regular o seu tempo de jogo, uma vez que os sistemas de controlo parental são uma realidade habitual.
Para milhares de pessoas, os videojogos são algo muito sério, que lhes serve de emprego e que tem longos processos de criação, mas para a maioria do mundo, são uma fonte de imenso divertimento, que pode, e deve, ser ainda mais aproveitado nas férias.
Tiago Sousa, Diretor Geral da Associação de Empresas Produtoras e Distribuidoras de Videojogos (AEPDV)