
O ministro da Presidência escusa-se a antecipar cenários pós-eleitorais e não esclarece se a AD poderá viabilizar um governo socialista minoritário caso o PS vença as eleições de 18 de maio. Mas sugere que o PSD se sente desobrigado a dar aval a um executivo do PS.
Em entrevista ao "Público", António Leitão Amaro atira ao partido de Pedro Nuno Santos e diz que "ninguém quer reciprocidade face ao comportamento do PS”.
"Ninguém quer, não há nenhum português que queira a reciprocidade ou a continuidade da instabilidade promovida pelo PS", prossegue, acusando o partido de ser uma "força de instabilidade" que provocou uma crise política, ao votar contra a moção de confiança ao Governo.
Mais: acusa o PS de só viabilizar um Executivo da AD a curto prazo, para seis meses: "Estávamos em junho e já o líder do PS dizia que o o mais provável era chumbar o Orçamento. Praticamente desde que o Governo iniciou funções, o PS tem promovido a instabilidade”, vinca.
Questionado sobre a possibilidade de a AD ficar em segundo lugar nas eleições e conseguir maioria com o Chega, Leitão Amaro admite que o 'não' ao Chega será para manter, definindo o partido de André Ventura como uma linha vermelha: "Não vou cenarizar, mas podem ter em conta que o primeiro-ministro foi sempre o mais claro de todos os candidatos a líderes", sustenta, acrescentando que o Chega serve para "afirmar ódio" e contribuir com o PS para a queda de um Executivo da AD.