
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, manifestou nas redes sociais a sua tristeza e choque com as notícias que chegam de Gaza.
“Chocado e triste com as notícias vindas de Gaza e as muitas vítimas civis após os ataques aéreos israelenses na noite passada”, lê-se na publicação.
António Costa insiste que a violência tem de parar e que os termos do acordo de cessar-fogo têm de ser cumpridos. Mais, escreveu na rede social X, “todos os reféns israelitas e os prisioneiros palestinianos devem ser libertados e deve ser retomada a ajuda humanitária urgentemente”.
Fim da trégua
Israel atacou esta madrugada de terça-feira a Faixa de Gaza, pondo fim a uma trégua com o grupo islamita palestiniano Hamas que durava desde 19 de janeiro.
Os bombardeamentos, que mataram pelo menos 413 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas em Gaza, foram condenados por vários países, quer muçulmanos, quer ocidentais, e por organizações internacionais de defesa dos direitos humanos.
Israel prometeu aumentar a intensidade militar dos bombardeamentos até que o Hamas entregue os 59 reféns ainda detidos em território palestiniano, desde 7 de outubro passado, quando o Hamas atacou, de forma inesperada, território israelita, dando início à guerra.
O regresso aos bombardeamentos foi explicado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, como "uma repressão à organização terrorista Hamas", na sequência da rejeição pelo grupo de duas propostas de mediação apresentadas pelo enviado presidencial dos Estados Unidos para implementar a segunda fase do acordo de cessar-fogo.
A primeira fase terminou a 2 de março sem acordo para avançar para uma fase que incluiria um cessar-fogo definitivo.
Israel defendeu, no entanto, que a primeira fase deveria ser prolongada até que fossem libertados todos os reféns em troca de prisioneiros palestinianos, em linha com propostas apresentadas pelos EUA.