Pelo menos 25 pessoas morreram este sábado na sequência de uma explosão na estação de comboios de Quetta, na província do Baluchistão, sudoeste do Paquistão, anunciaram as autoridades policiais.

Uma bomba explodiu quando cerca de 100 passageiros esperavam por um comboio que fazia a ligação entre Quetta, capital do Baluchistão, e Rawalpindi, na província do Punjab, disse um responsável da polícia local, Mohammad Baloch.

"Catorze membros do exército estão entre os 25 mortos confirmados", disse Mohammed Baloch, chefe da polícia local, aos jornalistas em Quetta, a capital da província do Baluchistão, que faz fronteira com o Afeganistão e o Irão.

Mais de uma hora após a explosão, o hospital da província ainda estava a receber corpos, entre os quais soldados e funcionários dos caminhos-de-ferro, e feridos, que serão cerca de meia centena, alguns dos quais em estado crítico.

O Exército de Libertação do Baluchistão (BLA), um grupo separatista, reivindicou a autoria do ataque em comunicado, afirmando que um bombista suicida tinha como alvo as tropas presentes na principal estação ferroviária da província. Esta reivindicação está a ser investigada pelas autoridades.

Entretanto, o primeiro-ministro do Paquistão já condenou o atentado, dizendo que os responsáveis "vão pagar um preço muito elevado".

Shehbaz Sharif notou que as forças de segurança estão determinadas em eliminar "a ameaça do terrorismo".

O Baluchistão, rico em petróleo e minerais, é a maior província do Paquistão, mas também a menos povoada. É também o centro da minoria étnica baloch, que se queixa de ser vítima de discriminação e exploração por parte do Governo central.

O BLA tem frequentemente como alvo as forças de segurança e estrangeiros, especialmente cidadãos chineses que se encontram no Paquistão no âmbito da iniciativa de Pequim "Faixa e Rota", que está a construir grandes projetos de infraestruturas.