Um cigarro pode estar na origem do incêndio desta sexta-feira numa residência de idosos em Vilafranca de Ebro, Saragoça, nordeste de Espanha, segundo a diretora da associação ARADE, que gere o centro.

Em declarações aos meios de comunicação espanhóis, a diretora da associação Arade, Paquita Morata, acompanhada pela vice-presidente Carmen Torrijo, afirmou que a Guarda Civil está a investigar as causas do incêndio, mas terá acontecido quando alguém fumou dentro do edifício, o que é proibido.

“Sabemos que pode ter sido por alguém ter fumado num quarto”, disse Paquita Morata.

Segundo as autoridades, as primeiras informações indicam que as chamas começaram no quarto de um dos mortos. A presidente da Câmara Municipal, Volga Rodríguez, acresecenta que o fogo começou num colchão, embora a investigação ainda esteja em curso.

“Foi numa das duas zonas do edifício, a porta corta-fogo funcionou e deixou a outra metade do edifício a salvo”, explicou o comandante dos bombeiros, Eduardo Sánchez.

A diretora da residência, Carmen Torrijo, afirma que o centro cumpre a legislação, incluindo a regulamentação de incêndios, dispõe de portas corta-fogo e que são efetuadas inspeções contínuas e simulacros de evacuação todos os anos.

As chamas atingiram apenas o quarto em que deflagrou o incêndio, mas o fumo propagou-se a outras áreas da residência e a causa das mortes dos idosos foi, à partida, a inalação de fumo, disse o chefe da proteção civil de Saragoça, Eduardo Sánchez, também em declarações aos jornalistas no local.

O incêndio aconteceu na madrugada desta sexta-feira no lar de idosos Jardines de Villafranca, em Saragoça. Até agora há 10 vítimas mortais, um ferido grave e outro em estado crítico, sendo todos os feridos e vítimas mortais idosos que residiam no lar, segundo o delegado do Governo espanhol na região de Aragão, Fernando Beltrán.

“Foi aberta a correspondente investigação judicial. Além da polícia judiciária de Saragoça, vão ser destacados meios técnicos de infra-estruturas da Guardia Civil, que têm a equipa técnica em Logroño, para realizar todas as peritagens sobre a origem do incêndio ou como se propagou”, afirmou Fernando Beltrán.