
Todos os distritos estão esta quarta-feira sob aviso devido aos efeitos da depressão Martinho, mas o IPMA prevê que tenha mais impacto nas áreas urbanas, onde poderá ocorrer “precipitação intensa em períodos mais curtos”.
“Continua a existir risco de inundações urbanas, sobretudo nas zonas mais próximas do litoral. (...) Nos concelhos do extremo Oeste, como Cascais, Mafra e Sintra, choverá mais”, alerta Nuno Lopes, do IPMA.
Até sexta-feira o acumulado total de precipitação deverá ser entre 70 e 100 milímetros nas regiões Centro e Sul, podendo ser localmente superior no litoral Centro.
Lisboa, Setúbal e Leiria estão já sob aviso amarelo devido à precipitação, mas a partir das 21h00 o aviso passará a laranja. O mesmo acontece nos distritos de Beja e Faro.
Ao longo da manhã e da tarde, todo o país está sob aviso amarelo devido ao vento forte, que, explica Nuno Lopes do IPMA, já se faz sentir com mais intensidade do que no dia de ontem.
Também a partir das 21h00, Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal passam a aviso laranja por causa do vento, seguindo-se, já de madrugada, Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
“O vento irá aumentar de intensidade, soprando de sul/sueste com rajadas que poderão atingir valores da ordem dos 80 a 90 km/h, em especial no litoral, e 110 a 120 km/h nas terras altas”, indica o IPMA em comunicado.
A agitação marítima também deixará 10 distritos do Continente e as ilhas sob aviso amarelo, com ondas de sudoeste com 4 a 5 metros a sul do Cabo Carvoeiro e 3 a 4 metros a norte.
Na Madeira, passará a laranja na manhã de quinta-feira, na Costa Norte e Porto Santo.
“Tendo em conta a incerteza na evolução da depressão Martinho aconselha-se o acompanhamento das atualizações das previsões e dos avisos meteorológicos”, alerta o IPMA.
E para os próximos dias?
Nuno Lopes explica que “vamos ter umas tréguas” durante alguns períodos de quinta-feira, mas é esperada chuva pelo menos até ao fim de semana. Na próxima semana, “não se esperam depressões a passar tão a Sul e a afetar o país”.