O corpo da mulher que estava desaparecida na sequência do incêndio que na quarta-feira deflagrou numa pensão do centro do Porto foi localizado, esta sexta-feira, entre os escombros, adiantou o comandante dos Sapadores do Porto.
Em declarações aos jornalistas junto à pensão afetada pelo fogo, Carlos Marques referiu que o corpo foi localizado às 16:00 por uma equipa cinotécnica (composta por bombeiros e cães).
As buscas pela mulher desaparecida começaram esta manhã, contou, acrescentando que ao longo dessas a equipa cinotécnica localizou "alguns pontos de interesse", ou seja, locais onde poderiam existir cadáveres, explicou.
Nessa sequência, e depois de retirados alguns escombros, viram o corpo da mulher.
Questionado sobre a possibilidade de existirem mais cadáveres, após moradores relatarem que há dois homens que não são vistos desde o incêndio, Carlos Marques assumiu que não há, para já, nenhuma confirmação.
"Poderá confirmar-se ou não, portanto, não há nenhuma confirmação que as presumíveis pessoas das quais não se sabe o paradeiro se encontrassem dentro do edifício", afirmou.
Contudo, garantiu, os operacionais no local vão continuar a remover os escombros "com todo o cuidado" para verificar se existem ou não mais corpos.
Neste momento, o comandante contou que, apesar de já terem sido retirados muitos escombros, ainda faltam "algumas toneladas".
Motivo pelo qual, a rua Cimo de Vila continua encerrada à circulação automóvel e pedonal para que os trabalhos decorram em segurança.
Já questionado sobre se aquela pensão funcionava de forma legal ou ilegal, Carlos Marques frisou não ter nenhuma informação quanto a esse aspeto.
O fogo, que foi dado como extinto pelas 18:00 de quarta-feira, causou sete desalojados, quatro dos quais já foram realojados por meios próprios e três pela Segurança Social.
Na sequência do fogo houve dois feridos por inalação de fumos, nomeadamente duas mulheres, de 40 e 89 anos.
A mulher de 40 anos foi assistida no local, já a de 86 foi transportada para o hospital.
Além da pensão de três andares, em cujo rés-do-chão funcionava um restaurante, foram ainda afetados os dois edifícios contíguos.
O edifício do lado esquerdo estava devoluto e o edifício do lado direito era um alojamento local que ficou sem condições de habitabilidade.
Com LUSA