Se não conseguiu assistir ao recente fenómeno das auroras boreais, pode preparar-se e agarrar nos binóculos porque vem aí outra oportunidade de assistir a um momento raro nos céus portugueses. Agora, é um cometa que vai passar junto ao planeta Terra, já este sábado. Trata-se do C/2023 A3 Tsuchinshan–ATLAS, um corpo celeste que não deverá voltar a ser visto nos próximos 80 mil anos.

O cometa em causa chegou ao ponto mais perto da órbita ao sol no dia 27 de setembro. Na altura, foi possível vê-lo no Hemisfério Sul. Agora, de acordo com a NASA, vai ser visível para quem está no Hemisfério Norte.

Tudo porque, este sábado, o Tsuchinshan–ATLAS vai passar no ponto mais próximo que estará do nosso planeta – a cerca de 71 milões de quilómetros - em todo o seu trajeto.

De acordo com a NASA, está é uma oportunidade rara para vê-lo, uma vez que aquele corpo celeste tem uma órbita de 80 mil anos (que, note-se, pode contudo, vir a ser alterada, se a gravidade de algum outro planeta acabar por desviá-lo). Mas isto quer dizer que a última vez que este cometa terá passado junto à Terra foi ainda no tempo do Homem de Neandertal.

Como ver o cometa?

A melhor forma de ver a passagem do cometa será olhando para o céu pouco depois do pôr do sol, com as atenções viradas para o lado oeste.

Se vir alguma coisa que se pareça com uma bola de fogo brilhante com uma cauda, é capaz de o ter encontrado. E, sim, a NASA afirma que um par de binóculos pode ser uma boa ajuda à tarefa.

O C/2023 A3 Tsuchinshan–ATLAS foi descoberto no último ano, tendo sido identificado por um observatório na China e por um telescópio na África do Sul.

O cometa – que é composto de gelo, gases gelados e pedras - é originário da Nuvem de Oort, uma nuvem esférica composta de pequenos corpos gelados que rodeiam o sistema solar.