Fábia Rebordão que, recentemente editou o álbum "Pontas Soltas", atua no próximo 5 de dezembro no grande auditório do Conservatório Nacional de Música da China, em Pequim, no âmbito das celebrações do 60.º aniversário desta instituição.
As celebrações, que se iniciam no dia 4 de dezembro, realizam-se sob o mote "Intercâmbio e Apreciação entre Culturas num Mundo Diversificado e Harmonioso".
O Festival de Música Tradicional de Pequim realiza-se desde 2009, e Fábia Rebordão será acompanhada pelos músicos Francisco Pereira, na guitarra portuguesa, e Jorge Fernando, na viola.
Da China, Fábia Rebordão segue para S. Paulo, no Brasil, onde atua no dia 13 de dezembro, no salão nobre da Casa de Portugal, acompanhada pelo pianista brasileiro João Paulo Martins, que fundou a Bachiana Filarmônica, de S. Paulo.
João Carlos Martins, distinguido com vários prémios, tem uma vasta discografia dedicada a compositores clássicos, destacando-se Bach, do qual é considerado um dos seus "maiores intérpretes", refere a promotora da artista portuguesa.
O músico, de 84 anos, tem enfrentado "inúmeros desafios físicos e de saúde" que o levaram várias vezes a interromper a carreira, sofrendo de disfonia focal, resultante de uma agressão durante um assalto em 1965. Depois de ter abandonado o piano, estudou direção de orquestra e passou a reger diferentes orquestras. Em 2019 voltou a tocar piano, graças a um dispositivo biónico desenvolvido por um designer brasileiro.
Em "Pontas Soltas", saído em finais de outubro último, Fábia Rebordão regista algumas parcerias brasileira, com Ney Matogrosso, na interpretação de "A nossa guerra" (Jorge Fernando), Renato Teixeira, em "Romaria" (Renato Teixeira), Zeca Baleiro, em "Fado Tropical" (Chico Buarque), e interpreta "Saudades do Brasil em Portugal", de Vinicius de Moraes.
Em declarações à agência Lusa, em vésperas da saída do álbum, Fábia Rebordão referiu-se às parcerias como "uma partilha de arte e de música", que surgiram de "uma forma natural", algumas em rodas de amigos.
"Pontas Soltas" é o quarto álbum de Fábia Rebordão que começou a cantar aos 14 anos, e se estreou discograficamente em 2011, com "Oitava Cor", a que se seguiu "Eu" (2016) e "Eu Sou" (2021), estabelecendo um percurso ao qual se referiu como "interessante e consistente", reconhecendo-se como uma intérprete "impulsiva".
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