O negociador-chefe do Hamas instou os Estados Unidos a pressionarem Israel para que haja um acordo de tréguas na Faixa de Gaza que inclua a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos.

“Se a administração norte-americana e o seu Presidente Biden querem realmente alcançar um cessar-fogo e concluir um acordo de troca de prisioneiros, devem abandonar a sua parcialidade cega em relação à ocupação sionista e exercer uma verdadeira pressão sobre Netanyahu e o seu governo”, afirmou Khalil al-Haya.

Israel mantém os ataques aéreos, terrestres e marítimos na Faixa de Gaza, onde nas últimas 24 horas pelo menos 17 palestinianos foram mortos e outros 50 ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

O exército israelita bombardeou dois pontos da “zona humanitária” que designou para os deslocados. O ataque na zona de Mawasi, no sul do enclave, fez um morto e dez feridos, enquanto um bombardeamento na zona de Deir al-Balah, no centro, muito perto do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, refúgio de numerosos deslocados, fez outras quatro mortes. O número total de mortos desde o início da guerra, há quase 11 meses, subiu para 40.878, enquanto o número de feridos é de pelo menos 94.454.

Mais notícias do dia:

⇒ Multidões de palestinianos reuniram-se em centros médicos no sul de Gaza para vacinar os filhos contra a poliomielite, na segunda fase de uma campanha que, até à data, já abrangeu 187 mil jovens. A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos indicou que o processo está a ser bem-sucedido, mas complexo.

⇒ O exército israelita manteve pelo nono dia consecutivo uma incursão na Cisjordânia, que já fez pelo menos 36 mortos e deixou um rasto de destruição. As cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, todas no norte da Cisjordânia e bastiões históricos das milícias palestinianas, têm sido alvo de uma “operação antiterrorista” em grande escala levada a cabo pelo exército israelita desde 28 de agosto, quando invadiu a região com numerosas tropas, tanques e escavadoras blindadas.

⇒ O chefe do Estado-Maior do exército egípcio fez uma visita surpresa à fronteira do país com a Faixa de Gaza para inspecionar a situação de segurança. A visita surge depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter afirmado na quarta-feira que Israel só aceitaria um cessar-fogo permanente em Gaza que garantisse que a zona fronteiriça entre o sul de Gaza e o Egito nunca poderia ser utilizada como “tábua de salvação” para o Hamas.

⇒ Um general do exército iraniano ameaçou Israel com uma resposta pelo assassínio do líder do Hamas, Ismail Haniye, atribuído aos israelitas, que aconteceu em julho, em Teerão. “O regime sionista não deve sonhar que o Irão não responderá a essa atrocidade”, disse o número dois do Estado-Maior General das Forças Armadas iranianas, Ali Abdolahi.

⇒ A Amnistia Internacional defendeu que as forças israelitas devem ser investigadas por crimes de guerra. Uma nova investigação da organização não-governamental concluiu que a campanha das forças de Israel para “expandir significativamente uma ‘zona tampão’ ao longo do perímetro oriental da Faixa de Gaza ocupada deve ser investigada como crime de guerra de destruição gratuita e de punição coletiva’.

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