A notícia foi avançada na quinta-feira por meios de comunicação norte-americanos, que citam procuradores. Estas acusações, cujo conteúdo ainda não é público, foram emitidas por um grande júri de Nova Iorque.

Harvey Weinstein, de 72 anos, hospitalizado na madrugada de domingo para ser operado, não compareceu na audiência.

Estas novas acusações ser-lhe-ão formalmente notificadas em tribunal quando puder comparecer.

"Está a descansar, está fraco", mas "fora de perigo neste momento", garantiu na terça-feira Juda Engelmayer, porta-voz de Harvey Weinstein, à agência France-Presse (AFP).

Harvey Weinstein será novamente julgado depois de um tribunal de recurso ter anulado em abril a sua condenação em 2020 em Nova Iorque pela violação de uma atriz, Jessica Mann, em 2013, e pela agressão sexual de uma assistente de produção, Mimi Haleyi, em 2006.

Esta reviravolta foi registada como uma afronta e um revés para o movimento #MeToo, lançado com o caso Weinstein, contra a violência sexual e de género contra as mulheres.

As revelações de 2017 sobre as agressões sexuais do ex-responsável da Miramax desencadearam uma onda de choque global e libertaram as vozes de muitas vítimas. Mais de 80 mulheres acusaram-no de assédio, agressão sexual ou violação, incluindo Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd.

Harvey Weinstein sempre afirmou que as relações sexuais foram consensuais.

Apesar de o veredicto de Nova Iorque ter sido anulado, está sob custódia devido a uma sentença de 2023 em Los Angeles a 16 anos de prisão por outros casos de violação e agressão sexual.