O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, voltou esta sexta-feira a atacar o secretário-geral da ONU, António Guterres, por "não mostrar satisfação pela eliminação do arquiterrorista Yahya Sinwar".
"Tal como se recusou a declarar o Hamas uma organização terrorista após o massacre de 7 de outubro, Guterres segue uma agenda extremamente anti-Israel e antijudaica", escreveu o governante na sua conta na rede social X.
A morte de Sinwar ocorreu na quarta-feira, num encontro casual entre tropas israelitas e milícias em Rafah, ao sul do enclave palestiniano. Segundo o Exército, não foram encontrados reféns com Yahya Sinwar.
O ministro dos Negócios Estrangeiros aproveitou a sua mensagem para reafirmar que Guterres ainda é designado como 'persona non grata' em Israel, o que proíbe a sua entrada no país.
Em 02 de outubro, Katz anunciou que tinham decidido declarar o secretário-geral da ONU 'persona non grata' por não condenar "inequivocamente" o ataque que o Irão lançou contra Israel no dia anterior, com quase 200 mísseis balísticos.
"Quem não consegue condenar inequivocamente o ataque atroz do Irão contra Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Este é um secretário-geral anti-Israel que apoia terroristas, violadores e assassinos", advertiu Katz, num comunicado divulgado na altura.
Guterres, por sua vez, enviou na quinta-feira uma mensagem de gratidão ao pessoal da Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (UNIFIL) e avisou que atacar estas tropas "pode constituir um crime de guerra".
"Os ataques contra as forças de manutenção da paz das Nações Unidas são completamente inaceitáveis. Eles violam o direito internacional e o direito humanitário internacional e podem constituir um crime de guerra", alertou, depois de pelo menos cinco soldados terem sido feridos em ataques de tropas israelitas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que Israel faz "todo o possível" para evitar danos às forças de manutenção da paz, mas que a melhor forma de prevenir estes incidentes é retirá-los do território, o que exigiria uma decisão do Conselho de Segurança.