O líder do Juntos Pelo Povo (JPP) remeteu uma decisão sobre a moção de censura apresentada esta quarta-feira pelo Chega ao Governo da Madeira para depois de auscultar a comissão política do partido e reunir com os militantes.
"Ainda não posso emitir o juízo. Ainda não recebemos o documento, o conteúdo do texto", disse Élvio Sousa aos jornalistas.
Hoje, o líder do Chega/Madeira, Miguel Castro, anunciou ter entregue na Assembleia Legislativa da Madeira uma moção de censura ao Governo Regional, que justificou com as investigações judiciais que estão a ser feitas ao presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque (PSD), e a quatro secretários regionais, tendo todos sido constituídos arguidos.
Esta situação abrange o titular com a página das Finanças, Rogério Gouveia, da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, dos Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino, e o do Turismo, Economia e Cultura, Eduardo Jesus.
O deputado do JPP questionou o "timing" da apresentação da moção de censura porque significa que "cai o Orçamento Regional" para 2025, que está a ser elaborado, e a Madeira vai novamente para eleições legislativas regionais no próximo ano.
"Concordamos que é uma situação válida para uma moção de censura, mas reservo essa opinião e da comissão política" para depois da reunião e de ouvir os cerca de 250 militantes que costumam comparecer para "abordar e apreciar aquilo que vai ser o juízo" do partido sobre este assunto.
Élvio Sousa defende que "Miguel Albuquerque devia ter feito o levantamento da imunidade" e a situação em relação aos outros visados já devia ter sido "despachada, mas estão agarrados como lapas", opinou.