O livro de memórias de Melania Trump ainda não viu a luz do dia e já está a dar que falar. A mulher do polémico candidato presidencial republicano escreve que é defensora dos direitos da mulher, em especial o direito ao aborto. A informação foi avançada pelo The Guardian, que teve acesso prévio ao livro que será publicado em breve.

“É fundamental garantir que as mulheres têm autonomia para decidir a sua preferência de ter filhos, com base nas suas próprias convicções, livres de qualquer intervenção ou pressão do Governo", escreveu Melania Trump, segundo a cópia a que o The Guardian teve acesso.
“Restringir o direito de uma mulher de escolher se quer interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que lhe negar o controlo sobre o seu próprio corpo. Eu carreguei essa crença comigo durante toda a minha vida adulta", acrescenta.

Recentemente, Donald Trump fez publicidade ao mesmo livro durante uma das suas campanhas. Disse aos eleitores republicanos para o comprarem e lerem porque era "ótimo"... mas nem ele próprio o parece ter feito.

Melania Trump afasta-se da posição assumida pelo marido

As declarações de Melania Trump no seu livro de memórias afastam-na do pensamento defendido pelo partido do marido. Este é um dos temas mais polémicos desta corrida eleitoral entre Donald Trump e Kamala Harris, com o republicano a apostar numa posição antiaborto.

A 24 de junho de 2022, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos tomava uma decisão histórica: revogou o direito ao aborto, em vigor desde 1973, dividindo de forma profunda a sociedade e o país no acesso a cuidados de saúde. Na altura, a luz verde para a anulação foi garantida por três juízes conservadores nomeados por Donald Trump quando ainda estava na Casa Branca.

No mesmo livro, Melania Trump refere ainda que discorda de alguns dos ideais de Donald Trump em temas como a política de imigração, uma vez que ela própria nasceu na Eslovénia e imigrou para os Estados Unidos.