
O líder do PS voltou a assegurar esta segunda-feira à noite, entrevistado na SIC, que vai votar contra a moção de confiança ao Governo que o Parlamento discutirá nesta terça-feira. Essa moção - disse - "é na verdade um pedido de demissão cobarde" porque há muito que Luís Montenegro "sabe de antemão" que a seria chumbada pelo PS se fosse apresentada.
Recordando que há um ano começou a avisar que o PS votaria contra uma moção de confiança, o líder socialista somou a este argumento que a "crise dos últimos dias acrescentou motivos" para a chumbar.
Segundo disse, "as suspeitas [sobre Montenegro] são graves", nomeadamente de que não existiram de facto serviços prestados pela Spinumviva (empresa criada por Montenegro em 2021) ao Grupo Solverde ou então que esses serviços foram prestados "a preços muito elevados". Assim, disse, a comissão de inquérito que o PS vai criar no Parlamento irá também exigir documentos que provem que os serviços foram prestados - sendo precisamente por ter poder para isso que o PS avançou desta forma e não com perguntas escritas ao PM, como fizeram o BE e o Chega.
Falando em "exemplos claros" de que o caso aponta para a "atuação de um primeiro-ministro sem ética", Pedro Nuno Santos atirou contra o atual chefe do Governo uma frase de Francisco Sá Carneiro: "A política sem risco é uma chatice e sem ética é uma vergonha".
Questionado pela jornalista Clara de Sousa sobre os riscos que ele próprio corre agora com novas legislativas no horizonte, caso as perca de novo, Pedro Nuno Santos repetiu a frase: "A política sem risco é uma chatice e sem ética é uma vergonha."
[em atualização]