O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lin Jian disse hoje em conferência de imprensa que "Hong Kong é uma sociedade regida pelo Estado de direito" e que "ninguém pode usar a bandeira da liberdade para se envolver em atividades ilegais e tentativas de escapar à lei".

Lin afirmou que o sistema judicial de Hong Kong "exerce o seu poder judicial de forma independente, em conformidade com a lei, com procedimentos justos e imparciais e com audiências abertas e transparentes".

"O Governo central chinês apoia firmemente a região administrativa de Hong Kong na proteção da segurança nacional", acrescentou, manifestando "oposição" à "interferência de países individuais nos assuntos internos da China, desacreditando e minando o Estado de direito em Hong Kong".

O processo contra Lai, que já está a cumprir uma pena de mais de cinco anos sob a acusação de fraude por alegadas violações do contrato de arrendamento da sua empresa multimédia, foi retomado hoje em Hong Kong com o seu testemunho, após quase quatro anos de detenção.

Lai, de 76 anos, um crítico do Partido Comunista Chinês (PCC), e as suas empresas enfrentam três acusações ao abrigo da rigorosa Lei de Segurança Nacional de Pequim em Hong Kong, incluindo alegada conivência com "forças estrangeiras" e sedição.

As acusações estão relacionadas com alegados apelos a sanções internacionais contra a cidade e a China por parte do magnata, bem como com o seu papel "no incitamento ao ódio público" durante protestos maciços contra o governo de Hong Kong, em 2019.

Pequim integrou a lei de segurança nacional na miniconstituição de Hong Kong em junho de 2020, em resposta aos protestos.

 

JPI // APN

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