
Cento e sessenta pessoas foram detidas no Paquistão após cerca de vinte ataques à cadeia de restaurantes norte-americana KFC, nos quais um funcionário foi morto a tiro, anunciou este sábado o Governo paquistanês.
Além de uma campanha de boicote lançada pelos partidos islamitas, a cadeia de ‘fast-food’ tornou-se alvo de protestos que se transformaram em tumultos desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, devido ao apoio dos Estados Unidos a Israel.
Os ataques aumentaram este mês.
"Um total de 20 incidentes ocorreram em todo o Paquistão, tendo sido relatada uma morte", indicou o vice-ministro do Interior do Paquistão, Tallal Chaudhry, em conferência de imprensa.
A vítima era um funcionário da KFC, morto a tiro no domingo num restaurante nos arredores de Lahore, capital da província oriental do Punjab.
Os motivos do ataque não ficaram ainda claros, segundo um polícia à agência France-Presse.
Depois de os arredores de alguns restaurantes terem sido incendiados, de janelas partidas e funcionários ameaçados durante este mês, 145 pessoas foram detidas em Punjab e 15 em Islamabad, disse Chaudhry.
O vice-ministro defendeu a cadeia norte-americana, afirmando que os seus "restaurantes compram apenas produtos locais, empregam paquistaneses e as suas receitas permanecem no país".
A KFC e a sua empresa-mãe, Yum! Brands, não comentaram os incidentes.
Em março, um restaurante KFC em Caxemira foi incendiado enquanto os manifestantes gritavam "Palestina Livre".