"Não há sangue suficiente e para fazer a cobertura necessitamos em média de 300 bolsas", disse à Lusa o diretor provincial de saúde, Daniel Chemane, sendo que cada uma destes contém 0,45 litros de sangue.

As autoridades de saúde na província de Maputo, no sul do país, dispõem de 16 bolsas para fazer face ao período de Natal e Fim do Ano, em que reconhece haver muita procura de sangue em face ao elevado índice de acidentes de viação e intervenções cirúrgicas, disse Chemane.

As estatísticas da direção provincial de saúde apontaram que são necessários, por dia, pelo menos 30 bolsas de sangue, pedindo aos dadores para doar sangue visando responder à procura.

"Contamos com apoio do Senasa [Serviço Nacional de Sangue] para responder à procura do líquido precioso", declarou Daniel Chemane, referindo que decorrem campanhas de sensibilização aos 173 dadores ativos da província para doar sangue nos pontos previamente estabelecidos.

"Existe um plano de [uso de] brigadas móveis nas igrejas, quartéis, feiras de saúde e locais com aglomerados", disse o diretor provincial, apontando que o sangue pode ser doado igualmente no Hospital Provincial da Matola, Hospital Geral da Machava, Hospital Distrital da Manhiça, Hospital Rural de Xinavane e centro de saúde de Marracuene, todos na província de Maputo. 

O ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago, apelou em 14 de junho para que mais pessoas se juntem ao grupo de "heróis anónimos" de doação de sangue no país, lamentando um decréscimo do número de dadores voluntários.

"Caso ainda não sejam dadores, considerem se tornar parte deste grupo de heróis anónimos. A doação de sangue é um ato de cidadania e humanidade. Cada doação pode fazer a diferença entre a vida e a morte para alguém", afirmou o governante, em Maputo, no âmbito da celebração do Dia Mundial do Dador de Sangue.

 

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