O futuro Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, designou esta quarta-feira o congressista Matt Gaetz para procurador-geral, colocando no cargo uma figura leal que terá de lidar com os múltiplos casos que o líder republicano enfrenta na justiça.
Em comunicado, Trump explicou a sua escolha argumentando que "Matt acabará com o governo armado, protegerá as fronteiras, desmantelará organizações criminosas e restaurará a fé e a confiança bastante abalada dos americanos no Departamento de Justiça".
Matt Gaetz, advogado e representante do Partido Republicano pela Florida na Câmara dos Representantes, foi o último nome conhecido para o elenco da futura administração de Trump, que tem escolhido políticos ultraconservadores que lhe são próximos.
Trump é também a favor de instruir o procurador-geral a defender as suas políticas em tribunal e até a abrir investigações judiciais contra os seus rivais políticos.
No Congresso, Gaetz caracterizou-se como um dos legisladores da ala mais à direita do Partido Republicano e totalmente alinhado com os desejos de Trump, tendo liderado a revolta interna que derrubou o então presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, em outubro de 2023, após ter chegado a acordos com os democratas.
O antigo líder Presidente norte-americano entre 2017 e 2021, e que se prepara para assumir um segundo mandato dentro de dois meses, foi já condenado por crimes de falsificação no caso de suborno da atriz porno Stormy Daniels, e enfrenta várias acusações, incluindo a tentativa de reverter o resultado da sua derrota eleitoral há quatro anos e o alegado envolvimento no assalto ao Capitólio dos seus apoiantes, ocorrido a 6 de janeiro de 2021, dias antes da posse do democrata Joe Biden como Presidente.
Trump alega que as acusações são politicamente motivadas e acusa o Departamento de Justiça de ter executado, no mandato dos adversários democratas, "uma caça às bruxas".