Um ano depois de ter perdido o título mundial para Pecco Bagnaia, Jorge Martín não voltou a facilitar e sagrou-se, pela primeira vez, campeão de Moto GP, neste domingo.

O piloto espanhol de 26 anos só precisava de ser nono classificado, caso Bagnaia vencesse, como sucedeu, mas foi terceiro e assegurou o título por 10 pontos, assumindo no final que a experiência do ano passado foi revelante para a conquista do mundial.

«O importante para mim foi aprender com o passado e não repetir os mesmos erros. As corridas são como a vida: pode cometer-se erros, é algo normal, porque somos humanos. O mais importante é tirar o que o erro tiver de positivo, aprender com isso e não repetir», disse em conferência de imprensa.

A correr em Barcelona, com toda a família e os amigos próximos no circuito, o madrileno assumiu que os derradeiros quilómetros foram bastante emotivos.

«O mais difícil foram as últimas sete voltas. Comecei a recordar muitos momentos e toda a minha carreira começou a passar-me à frente. Mas foquei-me na corrida porque sentia que tinha de terminar o trabalho. Nada estava assegurado até cruzar a meta. Depois de terminar comecei a chorar. Mesmo na última volta, os sentimentos estavam intensos e senti que ia começar a chorar. Estava muito emocional a lembrar a minha família», assumiu.

A cumprir a quarta época na prova rainha do motociclismo, Martín revelou que ao longo da época, consoante os resultados iam aparecendo, sentiu que 2024 seria especial.  

«A minha carreira não tem sido fácil. Claro que tive boas oportunidades, mas sinto que fui eu que as construí. Trabalhei muito duro, fiz muitos sacrifícios para tentar ser melhor. No ano passado tive a oportunidade [de ser campeão], mas acho que não estava preparado para ganhar. Agora senti que este era o meu ano».

E foi!