O FC Porto de Vítor Bruno tem uma cara lavada e o mercado de transferências trouxe alguns rostos que podem ser variáveis interessantes no modelo de jogo que o treinador quer implementar no Dragão. Para o lado esquerdo da defesa, os Dragões contam com Francisco Moura e Wendell com Zaidu a ser o terceiro lateral e uma alternativa de recurso.

No lado direito, os portistas contam com os jogadores made in Olival. João Mário e Martim Fernandes assumem o lado direito da defesa portista, com Pepê a conseguir também fazer essa posição com qualidade. Na frente, Galeno, Ivan Jaime, Gonçalo Borges, Fábio Vieira e também o brasileiro versátil Pepê prometem assumir as despesas do processo ofensivo da equipa.

Vitor Bruno tem um leque de alternativas com características diferentes que podem tornar imprevisível o estilo com que a equipa se apresenta em cada jogo. De um lado, jogando com Francisco Moura e Iván Jaime, por exemplo, os portistas têm um lateral que ataca muito bem a profundidade, que procura jogar mais encostado à linha e que chega com relativa facilidade à linha de fundo, cruzando com bastante qualidade. Com o jogador espanhol a jogar por dentro, Francisco Moura tem espaço para atacar e a equipa ganha um criativo que joga muito bem por dentro. Já com Wendell e Galeno poderá acontecer o inverso.

O lateral brasileiro gosta mais de jogar por dentro e ocupar muitas vezes a posição de terceiro médio, abrindo assim mais uma linha de passe por dentro. Com Galeno a equipa ganha mais capacidade de explosão e do ataque à profundidade uma vez que o brasileiro faz movimentos de rotura com qualidade, potenciados pela sua velocidade.

Do outro lado de campo, Pepê e Fábio Vieira são jogadores que se sentem mais confortáveis a jogar por dentro e a procurar desequilibrar nessa zona do campo, enquanto que Gonçalo Borges é o “chamado” extremo puro. Fábio Vieira e Pepê são jogadores semelhantes. Ambos gostam de ter e conduzir a bola por terrenos mais interiores enquanto que João Mário e Martim Fernandes procuram jogar pelo corredor e criar oportunidades para cruzamento.

Com Gonçalo Borges a jogar, acredito que se torna mais benéfico para a equipa, recuar Pepê. O jovem jogador formado no Olival não tem estado em destaque no início da época, mas é um extremo diferente dos demais e pode trazer coisas diferentes ao jogo quando for necessário.

Acredito que com estas nuances, o jogo do FC Porto se torne mais imprevisível. Seria interessante perceber como é que a equipa se comportava jogando de maneira diferente nos dois lados do campo.