Foi já em solo sueco que Carlos Carvalhal fez a antevisão da partida de amanhã (17.45 horas), que irá colocar frente a frente o Elfsborg e o SC Braga, num duelo relativo à 4.ª jornada da Liga Europa.

O treinador dos guerreiros do Minho garante motivação total para o embate diante dos nórdicos, dando conta de que a vitória devia ter ficado em Braga na jornada anterior, quando os arsenalistas foram derrotados pelo Bodo/Glimt, um resultado considerado injusto. Ao mesmo tempo, Carvalhal também não teve pejo em voltar a assumir que o desaire sofrido diante do Olympiakos foi justo, mas essas duas páginas já foram definitivamente viradas e o foco é total no jogo desta quinta-feira.

«Vencemos o primeiro jogo nesta fase da Liga Europa, depois perdemos bem no Olympiakos, porque não jogámos bem, e depois perdemos mal com o Bodo/Glimt, porque merecíamos, no mínimo, um empate. Fomos a melhor equipa nesse jogo e deveríamos ter conquistado os três pontos. Não o conseguimos e agora este jogo é o mais importante porque é o próximo. E os três pontos são muito bem-vindos. Este novo formato da Liga Europa é uma minimaratona, uma competição diferente, mas na qual também é importantíssimo fazer o máximo de pontos possível. São muitas equipas e eu, muito sinceramente, pensava que havia algumas que já estavam com muitos mais pontos. No final faremos o rescaldo e aí poderei responder com maior propriedade. Neste momento, o que me parece é que [este modelo] permite um ou outro deslize e depois recuperar nos jogos seguintes», assinalou.

Carlos Carvalhal demonstrou ter o trabalho de casa devidamente feito e escalpelizou tudo sobre o Elfsborg: «É uma equipa muito pressionante, que joga com uma linha de cinco, ou de três quando ataca, dois médios e três avançados. É uma equipa que joga simples, que é alta, com algum jogo direto e muito forte no jogo direto. Diria que é tipicamente do Norte da Europa. Claro que, tal como todas as equipas, o Elfsborg tem as suas debilidades e vamos tentar aproveitá-las ao máximo. Para isso, temos de ter bola, porque quem tem bola é que comanda o jogo, e além disso temos de estar sempre de olho na baliza adversária. Além disso, até pela elevada estatura dos jogadores adversários, temos também de estar muito atento às bolas paradas e aos lançamentos laterais.»

Rodrigo Zalazar é uma das baixas de vulto do SC Braga para este compromisso europeu - além do uruguaio, que está lesionado, também Niakaté, castigado, não seguiu com a comitiva bracarense para a Suécia -, sendo que, instando a pronunciar-se sobre o sul-americano, Carvalhal deu todas as explicações para a sua ausência.

«O Rodrigo [Zalazar] está num processo idêntico ao do João Moutinho. São jogadores muito importantes da nossa equipa que tiveram um período longo de ausência e que quando regressaram nós necessitámos deles para jogarem e a nossa estratégia foi utilizá-los parcialmente nos jogos. No jogo com o Vitória decidimos utilizar o João Moutinho durante os 90 minutos, até perante a sua morfologia, mas sabíamos que estava fora de questão jogar no domingo [com o Arouca]. O Rodrigo [Zalazar] está num processo idêntico, a única diferença é que no último jogo fez 35 minutos de altíssimo nível, depois decaiu um bocadinho e foi substituído quando já estava exausto fisicamente, o que era normal. Acusou fadiga muscular acentuada, fizemos uma ressonância que não deu lesão, diria que foi inconclusiva, e resolvemos não o trazer para não corrermos o risco de o meter 5 minutos ou 10 e ele, aí sim, ter uma verdadeira lesão. Quando voltarmos [a Portugal], na sexta-feira, será feita uma reavaliação e vamos esperar que se confirme que foi cansaço muscular», explicou, detalhadamente.