A exibição do Estoril Praia foi, de modo geral, paupérrima e nem com a vantagem numérica se tornou mais atrativa, mas a verdade é que isso, e um erro enorme do Nacional, bastou para vencer a turma insular por 1-0 e somar os primeiros três pontos da era de Ian Cathro no comando canarinho.
Depois da pausa, o futebol voltava à Linha de Cascais, com o Estoril a receber o recém-promovido Nacional. Do lado canarinho, o técnico Ian Cathro promovia mudanças em todos os setores, com as entradas de Boma, Pedro Carvalho, Michel, Xeka e Begraoui. Do lado madeirense, por sua vez, Tiago Margarido apostava no mesmo onze inicial que, na última jornada, havia batido o Farense (2-0).
Um mero acaso
Pressionado pela necessidade de somar a primeira vitória, Cathro fez várias mexidas e apresentou a equipa num género de 4x1x3x2 - que variava para 4x3x3, com João Carvalho a extremo esquerdo -, quiçá para fortalecer a equipa com bola. Contudo, a verdade é que o arranque de jogo canarinho foi de baixíssimo nível e a equipa da casa parecia incapaz de sair com bola no pé e fazer mais do que 3/4 passes seguidos, facilitando a pressão alta do Nacional.
O Estoril Praia chegava à vantagem com alguma sorte à mistura e nem isso pareceu tranquilizar a equipa. Os erros na saída continuaram a surgir. A equipa canarinha ainda conseguiu aproveitar o balanceamento para o ataque do Nacional para sair na transição, mas nunca com muito perigo. Do outro lado, o Nacional continua intenso na troca de bola e perigoso na bola parada, mas ia sendo perdulário, especialmente para o caudal ofensivo que ia tendo. O Estoril chegava ao intervalo a vencer, e sem sofrer, sem realmente se aperceber como.
A cabeça sem juízo
A continuar na toada da 1ª parte, mas com mais eficácia, o Nacional tinha tudo para marcar e até virar o jogo na 2ª parte, mas a verdade é que os comandados de Tiago Margarido voltaram do intervalo bem mais amorfos na troca de bola e o Estoril aproveitou para se soltar um pouco mais. Percebendo isso, o técnico insular procurou mexer com a equipa e fez entrar Isaac e Bruno Costa, logo aos 54'.
Apesar dessa expulsão, Tiago Margarido colocou, pouco depois, a «carne toda no assador», assumindo por completo o risco. Do outro lado, Cathro permitiu essa reação e assumiu uma linha de cinco defesas logo aos 75', esgotando as substituições. O escocês deixava os madeirenses, mesmo em inferioridade numérica, acreditarem e os últimos minutos ficavam, assim, em aberto.
O Nacional ainda deu sinais de vida com alguns cruzamentos e chegou a assustar, mas, mesmo sem grande charme, o Estoril acabou mesmo por vencer por 1-0. É a primeira vitória de Cathro e ficam os três pontos, mesmo que a exibição tenha deixado muito a desejar.