O Leixões atravessa uma das fases mais críticas da temporada e os sinais de alarme não param de soar. Um projeto que muitos apontavam à luta pela subida, no início da época, encontra-se a apenas três pontos do 16.º lugar, a quatro jornadas do final da Liga Portugal 2 Meu Super.
Desde que José Mota assumiu o comando técnico da equipa, no início de janeiro, os resultados têm sido escassos e os pontos cada vez mais difíceis de conquistar. O experiente treinador sucedeu a Carlos Fangueiro na tentativa de reerguer a equipa, mas, até agora, o cenário é tudo menos animador.
A única vitória de Mota ao serviço do Leixões aconteceu a 16 de março, frente ao FC Porto B, por 0-1, na jornada 26. Desde então, mais de um mês passou e a equipa não voltou a vencer. Nos últimos quatro encontros apenas somou dois empates e duas derrotas, uma delas pesada - um expressivo 4-0 frente ao FC Felgueiras.
 |
José Mota Liga Portugal 2 Meu Super 2024/25 |
14 Jogos
1 Vitórias
7 Empates
6 Derrotas
7 Golos
18 Golos sofridos
ver mais >
No total da época, os bébes do Mar somam nove vitórias, 11 empates e 13 derrotas, mas apenas um desses triunfos foi sob o comando de José Mota. O técnico chegou quando a equipa estava no 10º lugar da tabela e somava 22 pontos. Atualmente está no 14.º posto, com 32 pontos, apenas três acima do lugar de playoff de permanência, precisamente ocupado pelo FC Porto B, o adversário da última vitória da equipa de Matosinhos.
Os números falam por si
Desde que assumiu a equipa, José Mota venceu apenas um jogo, empatou sete e saiu derrotado em seis. Dos 31 golos marcados pelo Leixões ao longo da temporada, apenas sete surgiram durante o seu comando. Em contrapartida, dos 40 golos sofridos, 18 foram na era de Mota - quase metade.
Esta é a terceira passagem do treinador português pelo Leixões - já tinha orientado a equipa entre 2008/2010 e 2020/2022. No entanto, a má fase do treinador esta época começou no Farense, na I Liga, onde somou seis derrotas em seis jogos, após boas temporadas no Algarve.
Com apenas algumas jornadas até ao final da época, o Leixões precisa urgentemente de inverter o rumo dos acontecimentos. A margem é curta e a ameaça da despromoção torna-se cada vez mais real. Experiência não falta a José Mota, mas a pressão é palpável em Matosinhos.
*com Tânia Melo