Em plena pandemia, a France Football decidiu não entregar a Bola de Ouro, que provavelmente acabaria nas mãos de Robert Lewandowski. Quatro anos depois, o polaco ainda não percebe a não atribiução do prémio.
«Naquele momento, não entendi porquê. Todas as ligas estavam a jogar-se, a Champions estava a jogar-se e para mim foi do estilo... porquê? Sei que o futebol funciona às vezes como a política, porque se existe futebol, tens negócio. E se tens negócio, tens políticas», disse Lewandowski ao podcast de Rio Ferdinand. Questionado se aceitaria agora a Bola de Ouro desse ano, o avançado respondeu afirmativamente: «Claro que sim.»
O jogador do Barcelona teceu também vários elogios ao colega de equipa Lamine Yamal, revelando que ficou impressionado desde cedo com o jovem espanhol.
«A primeira vez em que o vi no nosso treino, ele tinha 15 anos. Já vi muitos jovens talentosos, mas foi a primeira vez que tive este sentimento dentro de mim: "uau, quem é?". O Musiala tinha algo, mas o Lamine, é impressionante. É impossível ser tão bom e tão inteligente nesta idade.»
O polaco revelou ainda que esteve muito perto de reforçar o Manchester United em 2012, mas uma nega do Borussia Dortmund deixou cair por terra o «sim» a Alex Ferguson.
«Lembro-me dessa conversa, foi em 2012, não conseguia perceber o seu sotaque escocês. Quando sir Alex Ferguson liga, não podemos dizer que não, especialmente quando temos 22 ou 23 anos. Falei com presidente do Dortmund e ele disse-me que precisava de mim e que não me venderia porque eu era muito importante para eles, não era a melhor altura», confidenciou Lewa.
Ainda ao serviço do Bayern, Lewandowski venceu o triplete - Liga dos Campeões, Bundesliga e Taça da Alemanha - e ainda juntou o Mundial de Clubes, a Supertaça Europeia e a Supertaça da Alemanha. Na conta pessoal, foram 55 golos e nove assistências em 47 jogos disputados.