O Guangzhou FC, em tempos conhecido como Guangzhou Evergrande, o clube de futebol com mais títulos na China, foi extinto, devido ao excesso de endividamento.
Depois de ter competido na 2ª divisão chinesa em 2024, a China League One, o Guangzhou não conseguiu cumprir com os requisitos financeiros da Associação Chinesa de Futebol para competir no ano civil de 2025.
«Devido aos pesados encargos financeiros resultantes de épocas anteriores, o clube não conseguiu pagar todas as dívidas dentro do prazo. Expressamos as nossas sinceras desculpas e agradecemos a compreensão e o perdão de todos os adeptos», lê-se no comunicado do Guangzhou.
Em 2010, o Guangzhou foi adquirido pelo promotor imobiliário Evergrande e iniciou um período de gastos avultados - como a larga maioria dos clubes daquele país -, contratando grandes nomes do futebol mundial, como os brasileiros Paulinho, Ricardo Goulart ou Robinho, ou o colombiano ex-FC Porto Jackson Martínez e treinadores de elite como o italiano Marcello Lippi e o antigo treinador da seleção portuguesa Luiz Felipe Scolari.
O investimento foi recompensado a nível desportivo com a conquista de oito Superligas chinesas e duas Ligas dos Campeões asiática, entre 2011 e 2019, mas, em 2021, a Evergrande registou dívidas superiores a 300 mil milhões de dólares (288 mil milhões de euros), e o clube acabou por perder esses grandes nomes e descer, prontamente, de divisão.
Além do Guangzhou FC, também o Cangzhou Mighty Lions, clube da Superliga chinesa, e o Hunan Billows, clube do terceiro escalão, anunciaram a sua dissolução, por motivos semelhantes, embora numa escala menor ao nível dos valores envolvidos.