SPLIT - Roberto Martínez analisou, na sala de imprensa do estádio Poljud, o empate entre Croácia e Portugal em Split (1-1), esta segunda-feira, no derradeiro jogo da fase de grupos da Liga das Nações.
— Como avalia a exibição de Portugal frente à Croácia?
— Controlámos a bola na primeira parte e sabíamos que a Croácia ia ser um adversário difícil a jogar em casa. Na segunda parte, sofremos um golo, houve algumas situações, mas também tivemos oportunidades. Só sinto orgulho nos jogadores. Vimos o que é Portugal no aspeto da formação de jogadores. Apesar de termos oito ou noves jogadores de foras, tivemos um desempenho de alto nível. Acho que o empate é um resultado justo. A Croácia teve boas oportunidades, mas nós fizemos uma boa primeira parte.
— Apesar de ter sido convocado, Geovany Quenda voltou a não somar qualquer minuto, pelo que não bateu o recorde de jogador mais jovem de sempre a representar Portugal…
— O Quenda não está aqui para bater recordes, está aqui para ser um jogador importante para a seleção. É um jogador muito diferente, que vai ajudar-nos muito. Muito mais importante para o Quenda é que possa fazer 100 ou 150 jogos pela Seleção, não o momento da estreia.
— Esta noite promoveu três estreias na Seleção Nacional (Tomás Araújo, Tiago Djaló e Fábio Silva). Como avalia o desempenho dos três jogadores num terreno difícil?
— Estamos a falar de jogadores muito diferentes. Gostei muito da personalidade do Tomás Araújo, é um jogador incrível. Mostrou personalidade e qualidade para o futuro. O Tiago Djaló entrou num momento difícil, numa posição diferente, mas gostei muito. O Fábio Silva é um jogador diferente dos restantes avançados, como o Cristiano Ronaldo, o Gonçalo Ramos ou o Diogo Jota. Tem umas valências interessantes para nós. Gostei muito do estágio, não é fácil utilizar muitos jogadores e manter o nível da equipa, como vimos sobretudo na segunda parte com a Polónia e na primeira com a Croácia.
— Tomás Araújo saiu do relvado com muitas queixas na zona da coxa esquerda e Nuno Mendes também saiu lesionado. São lesões preocupantes?
— O Tomás Araújo sofreu uma pancada e ficou com uma dor forte na perna, mas não é uma lesão importante. Quanto ao Nuno Mendes, foi só uma dor no tornozelo. Não são lesões importantes.
— Portugal apresentou um sistema de três centrais na Croácia, algo que já não acontecia desde o jogo com a Geórgia no Europeu. Com tão pouco tempo de treino, pensa que este esquema tático pode ser utilizado de forma constante?
— É importante sermos flexíveis taticamente. Jogámos com uma linha de cinco contra a Polónia, a polivalência dos jogadores permite isso se não utilizarmos três centrais. O Dalot pode jogar numa posição interessante sem bola. Vimos o Pedro Neto jogar numa posição sem bola que ajuda numa linha de cinco... Hoje mudámos, utilizámos o Cancelo por dentro. Precisámos de procurar a estrutura melhor para os jogadores que temos, não o contrário. Não queremos fazer com que os jogadores fiquem rígidos numa estrutura tática. Fazemos isso em todos os jogo e é importante poder ter isso nesta competição e nas grandes competições.