Três jogos, três vitórias. A Seleção feminina de hóquei em patins terminou a fase de grupos do Mundial com o pleno de vitórias, ao derrotar a Argentina, campeã do mundo em título, por 3-2.

Depois das goleadas impostas à Colômbia e à França nas duas primeiras jornadas, sabia-se que o desafio para a equipa de Hélder Antunes seria mais complicada frente ao conjunto sul-americano.

Ainda assim, a resposta da renovada Seleção lusa, que chega à competição que decorre na cidade italiana de Novara foi inequívoca. Ao intervalo, Portugal já vencia por 2-0, graças ao bis de Joana Teixeira, aos 12 e aos 18 minutos.

Já na 2.ª parte, aos 32’, Raquel Santos aumentou a vantagem na conversão de um livre direto que resultou do cartão azul mostrado a Luciana Agudo, mas as campeãs do mundo reagiram depois e ainda assustaram.

A sete minutos do final do encontro, Lucía Maldonado reduziu o marcador e a mesma jogadora bisou dois minutos depois. Os últimos minutos ganharam assim um acréscimo de emoção, mas Portugal segurou o triunfo.

No final do encontro, o selecionador Hélder Antunes mostrou-se contente pelo triunfo, mas deixa um pedido para que todos mantenham o foco.

«Tenho de enaltecer a forma como a nossa equipa entendeu o jogo, e mesmo sem ter as armas da Argentina, percebeu como usar as armas que tinha para derrotar o adversário. Mas este jogo conta apenas três pontos, e se calhar contra as expectativas de muita gente, conseguimos terminar o grupo no 1.º lugar», declarou.

A liderança do grupo faz com que o próximo adversário seja o quarto classificado do grupo B, que ira sair do confronto entre Chile e Inglaterra. O selecionador nacional pede, porém, respeito pelo adversário. Até porque, recorda, esta Portugal apresenta-se na competição com uma equipa muito jovem.

«Este triunfo eleva-nos os níveis de confiança, mas não muda os nossos objetivos. Continuamos a reconhecer que há potencial na equipa, mas também limitações. Porque estamos numa fase de crescimento. 50 por cento desta seleção nem sequer é sénior. Temos duas atletas sub-17 e três sub-19 neste plantel», relembra.

«A partir de agora é que isto vai começar, com o mata-mata. Quem veste esta camisola, luta para ganhar. Olhamos em frente com o máximo respeito por todos os adversários. Ganhar à Argentina não nos vai fazer vencer o próximo jogo. A história terá de se fazer de novo», finalizou o técnico.