Carlos Carvalhal já abordou por diversas vezes o processo de crescimento da equipa, o equilíbrio que é necessário encontrar devido à falta de maturidade competitiva de alguns jogadores que não estavam habituados a jogar numa realidade tão exigente como a da Liga e do próprio SC Braga, e a verdade é que os sinais mais recentes têm vindo a dar razão ao treinador: com tempo e, acima de tudo, (muito) trabalho, as metodologias começam a ganhar forma e os guerreiros estão cada vez mais preparados para as batalhas que têm pela frente.

Os arsenalistas passam por uma boa fase no que aos resultados diz respeito – quatro vitórias e um empate nos últimos seis jogos, sendo que o único desaire aconteceu diante do imbatível Sporting -, mas há um outro dado a extrair do recente triunfo diante do Leixões (2-0), para a Taça de Portugal: os bracarenses voltaram a não sofrer golos. Algo que já não acontecia há praticamente um mês.

A última vez que a baliza de Matheus não tinha sido violada fora a 27 de outubro, na vitória frente ao Farense (2-0), em partida da 9.ª jornada da Liga. Nos quatro jogos seguintes, e pese embora os resultados conseguidos, o último reduto defensivo foi sempre agredido: Vitória de Guimarães (2-1), para a Taça da Liga, Arouca (2-1), para a Liga, Elfsborg (1-1), para a Liga Europa, e Sporting (2-4), de novo para a Liga. Foi, pode dizer-se, uma fase.

A resposta a esta questão surgiu, então, no passado sábado, quando o SC Braga saiu de Matosinhos com a sua baliza novamente inviolada – e, mais importante, com o bilhete carimbado para os oitavos de final da prova rainha -, pelo que cresce a expectativa sobre o que possa vir a acontecer já na quinta-feira, na receção ao Hoffenheim em partida a contar para a 5.ª jornada da Liga Europa.

Para o (importante) embate com a formação alemã, é de todo expectável que Carlos Carvalhal volte a utilizar o sistema tático que tem adotado nos últimos desafios e que privilegia uma linha de três defesas-centrais, com dois alas bastante ofensivos (Roger Fernandes e Gabri Martínez têm sido os eleitos) e uma dupla de médios com a experiência necessária para tratar dos equilíbrios: Vítor Carvalho e João Moutinho. A moral está em alta e o SC Braga está claramente em crescendo…

Paulo Oliveira com vista europeia

Se o processo defensivo tem vindo a ganhar forma, então há mais uma boa notícia para Carlos Carvalhal: Paulo Oliveira está apto para voltar à competição.

O experiente central, de 32 anos, falhou a deslocação a Matosinhos, no passado sábado, por gestão física, mas está apto para regressar aos eleitos do técnico no jogo de quinta-feira com o Hoffenheim, constituindo-se como mais uma boa solução para o técnico.

Diante do Leixões, recorde-se, João Ferreira, Niakaté e Bright Arrey-Mbi foram os eleitos para o referido posto específico, sendo que Robson Bambu (também ele regressado de lesão) foi lançado na segunda parte, aumentando, assim, as (boas) dores de cabeça de Carvalhal.

A estes cinco elementos junta-se ainda Jónatas Noro, jovem que alinha pela equipa B, mas que já se estreou na elite, no caso, diante do 1º Dezembro, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.