A dois dias da sua estreia oficial como novo treinador do Manchester United, numa visita ao Ipswich Town para a 12ª jornada da Premier League, Ruben Amorim fez a sua primeira conferência de imprensa de antevisão e abordou várias temáticas. Está aqui tudo o que o treinador português disse esta sexta-feira.

Estilo e estado da equipa: «Se querem que fale de como jogamos, digo que perdemos muitas vezes a bola. Precisamos de segurá-la melhor. Precisamos de ser melhores a recuperar defensivamente e isso está claro para toda a gente. Temos de melhorar o aspeto físico. Não sei quanto tempo vai demorar, mas temos de ganhar jogos no Manchester United. Precisamos de melhorar muito para ganhar títulos.»

Comparação com o Sporting: «Isto é maior. Há muitos departamentos e isso é diferente do Sporting. É um clube global com muito a fazer, não apenas treinar. Tenho muita ajuda e estou muito feliz e muito confortável. Sinto-me em casa.»

Alinhado com o clube: «Sou um sonhador e acredito em mim mesmo. Acredito no clube e sei que temos a mesma ideia e mindset. Temos espaço para melhorar e quero experimentar coisas novas (...) Chamem-me ingénuo, mas eu acredito mesmo que sou o homem certo no momento certo. Poderei estar errado e o mundo continuará a girar, o sol nascerá de novo, não importa. Eu acredito que sou o homem certo para este trabalho.»

Revolução tática? «Não é uma revolução porque o futebol não é assim tão diferente com cinco, quatro ou três lá atrás. Temos as nossas ideias, a nossa forma de ver o futebol e vamos mudar a forma como a equipa joga.»

Comparação a Mourinho: «Sou diferente dele. Na altura em que ele foi para o Chelsea olhavam para ele e sabiam que ele podia ganhar tudo. O futebol é simples, mas eu sou jovem. Tento entender os meus jogadores, porque hoje em dia é tudo muito diferente, mas acredito que sou o homem certo. Ele [Mourinho] enviou-me uma mensagem, disse que era um clube grande cheio de pessoas fantásticas.

Controlo sobre o recrutamento: «Eu tenho uma grande responsabilidade quando escolhemos jogadores porque eu sou o manager, o treinador principal. Eu tenho que escolher os jogadores.»

«Não acredito que isto seja um trabalho impossível»

Trabalho é possível: «Todos os treinadores precisam de tempo, mas sei que temos de ganhar jogos. Não acredito que isto seja um trabalho impossível.

Quanto tempo? Em dois anos dá para entender se o clube tem o treinador certo para este processo. Penso que precisaremos de mais tempo, porque se virem os clubes que ganham esta Liga, eles estão há muito tempo no seu projeto. Teremos de ganhar em algum momento, mas em dois anos vai dar para ver se é certo continuar este caminho.»

Jogadores em novas posições: «Eles querem jogar. No futuro veremos, porque temos de treinar com eles para ver se eles conseguem jogar em diferentes posições, mas todos querem jogar e têm abertura para mudar de papel.»

Confiança dos jogadores: «Quando não ganhas, começas a suspeitar do modelo de jogo. Nos jogos consegues sentir se eles estão confiantes logo no aquecimento. Isso é normal. Vou ajudá-los. Vai levar tempo, mas eles estão prontos para as dificuldades dos jogos da Premier League. Se eu acreditar na nossa forma de jogar, eles também vão acreditar. Precisamos de nos adaptar, mas no domingo vão ver um onze e vão sentir muitas mudanças.»