A final da Taça de Portugal, agendada para 25 de maio, vai realizar-se como habitualmente no Estádio Nacional, em Oeiras.

Apesar de terem corrido rumores sobre a possibilidade de mudança de estádio, nomeadamente por eventuais problemas de segurança, todos os envolvidos estão a trabalhar no sentido de o jogo se realizar mesmo no Jamor.

A Federação Portuguesa de Futebol — entidade organizadora e que produz o sinal de televisão — não se pronuncia oficialmente sobre o tema, até porque apenas esta quarta-feira foi formalmente conhecido o segundo finalista, mas A BOLA sabe que toda a preparação, que começa bastantes semanas antes de serem, até, conhecidos os finalistas, está a decorrer tendo como referência o Estádio Nacional. No calendário de jogos do site oficial da FPF, aliás, é essa a informação que consta.

Benfica e Sporting também não comentam o tema. A RTP, detentora a par com a Sport TV dos direitos de transmissão televisiva do jogo, está a planear toda a operação para o Jamor, esperando mesmo efetuar visita técnica ao local dentro de dias, de acordo com informação prestada por Miguel Barroso, diretor de Desporto do canal público. Na próxima semana deverão decorrer igualmente as reuniões dos finalistas com a FPF, as entidades de segurança e as forças de emergência, habituais nos dias que se seguem à segunda mão das meias finais.

A questão é pertinente na medida em que a final da Taça de Portugal constitui sempre um momento delicado da temporada para a FPF, dadas as características do vale do Jamor, as tradições de piqueniques em redor do estádio desde manhã e fatores de agravamento de risco como a tipologia dos terrenos, as dificuldades de estacionamento e a escassez de transportes.

Nos últimos largos anos a tendência tem sido a de se defrontarem clubes de diferentes cidades, o que permite às autoridades orientarem melhor o fluxo e a separação de adeptos, venham eles em autocarros ou em viaturas particulares. Com um jogo entre Benfica e Sporting, no entanto, é previsível que boa parte dos adeptos se desloquem a partir do distrito de Lisboa, por todos os caminhos possíveis, e torna-se mais provável que famílias ou grupos de amigos integrem apoiantes das duas equipas, o que dificultará a segregação e pode potenciar os riscos de desacatos e incidentes.

A BOLA aguarda respostas sobre o tema por parte da PSP, naturalmente já envolvida no processo desde o início dos preparativos. Os utentes das piscinas do Jamor foram entretanto alertados para o facto de o complexo não se encontrar aberto no dia 25 de maio, em mais um indício de que tudo decorrerá como previsto e como sucedeu nos últimos 40 anos com a exceção das duas época da pandemia — final da Taça é no Estádio Nacional.