Desde que garantiu o apuramento para os oitavos de final da Taça de Portugal, ao vencer a União de Leiria por 2-0 com golos de Óscar Rivas e Kaio César, o Vitória de Guimarães mantém-se em sessões diárias de treino. O objetivo: preparar ao detalhe o desafio com o Astana, no Cazaquistão, referente à quarta jornada da fase de grupos da Liga Conferência.
A comitiva vitoriana viaja esta terça-feira à tarde, embarcando no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, rumo à capital cazaque. A viagem, com cerca de 12 horas de duração, é o primeiro obstáculo desta deslocação que será marcada por condições extremas: temperaturas negativas, com máximas de -6°C e mínimas a rondar os -13°C, aguardam a equipa portuguesa, que enfrentará um fuso horário de mais cinco horas.
Antes da partida, Rui Borges não abdica de uma última sessão de trabalho na manhã de terça-feira. O treinador quer a equipa focada desde o primeiro momento, mesmo antes de enfrentar o longo trajeto aéreo.
O Vitória de Guimarães aterrará no Cazaquistão na manhã de quarta-feira e realizará o treino de adaptação ao relvado no mesmo dia, assim como a conferência de imprensa de antevisão. A partida está marcada para quinta-feira, às 20h30 locais (15h30 em Portugal continental).
Apesar das dificuldades na Liga, a equipa chega ao encontro com otimismo, sustentado por uma campanha europeia irrepreensível. Com vitórias em todos os jogos da fase de qualificação e três triunfos consecutivos na fase de liga, o Vitória de Guimarães está no quinto lugar (zona de apuramento direto) e já assegurou o melhor registo europeu da sua história.
No regresso, previsto para sexta-feira de manhã, o foco deslocar-se-á rapidamente para o jogo da Liga, frente ao Gil Vicente, marcado para segunda-feira às 18h45. Rui Borges agendou um treino para sexta à tarde, demonstrando a prioridade dada a cada competição.
Onze com indefinições
A lista de passageiros ainda não está completamente definida, com dúvidas sobre Jorge Fernandes e Mikel Villanueva, centrais que regressaram recentemente de lesão. O bom desempenho de Alberto Baio e Óscar Rivas, no entanto, coloca mais opções em cima da mesa.
Tiago Silva, por sua vez, é uma incerteza devido a um problema no adutor da coxa direita, somando-se ao castigo que já o afasta dos próximos jogos domésticos (já cumpriu um na Taça de Portugal e falha a receção aos galos). O médio de 31 anos será reavaliado no treino em solo cazaque, onde se dissiparão as últimas dúvidas sobre a sua utilização. Gustavo Silva é outra incógnita, mesmo estando já recuperado.