
Após a saída do comando técnico do Barcelona, Xavi Hernández confessou a sua vontade de retornar ao trabalho em junho, seja pelas portas de um clube ou de uma seleção.
«Até junho preciso de tranquilidade. A partir daí veremos o que o mercado de clubes nos reserva. Tenho a sensação de que nunca tive tempo livre e estou a desfrutar e a viajar com os meus filhos e a minha esposa. Desfruto do dia a dia, de ser pai. Desfrutar de um jogo de futebol sem ter a necessidade ou tensão do resultado», referiu, numa primeira instância, em entrevista ao L'Équipe.
O treinador espanhol referiu, ainda, que está atento a vários contextos, incluindo o futebol lusitano: «Vejo todas as equipas. Ainda que tenha mais sintonia com Guardiola, Klopp, Arne Slot. Mas são diferentes. O que faz o Tottenham, o Newcastle, o Nottingham Forest que está em cima? O que faz Nuno Espírito Santo? Vou ver. O que faz De Zerbi na saída de bola. Luis Enrique, que está a fazer algo diferente do ano passado. E não só as ligas mais importantes, também a do Catar, Arábia Saudita, Portugal. Evidentemente a Liga dos Campeões. Gosto de ver e divirto-me. Mesmo o Bayern, com o Kompany a fazer um bom trabalho. Xabi Alonso, Arteta no Arsenal»
No que toca às suas competências, a lenda dos blaugrana foi perentório. «Sou honesto, direto e simples. Sou natural. Queremos que as pessoas desfrutem. A filosofia de Cruyff marcou-me muito. É evidente que o objetivo é ganhar., mas sobretudo ajudá-los. Falamos de quatro p: pressão, posicionamento, posse e perceção. E acrescentaria paixão», enalteceu, antes de abordar a possibilidade de liderar uma nação numa competição de grande nível.
«Porque não ir para uma seleção e jogar uma qualificação para um Euro, Mundial e poder estar lá... ou repetir o percurso na Liga dos Campeões. Gosto de coisas que me motivam. Porque não treinar outra equipa da LaLiga? Estou aberto. Estou à procura de um projeto emocionante, tenho a ambição de ganhar troféus. É o meu objetivo principal. Irei ouvir as ofertas que me apresentem», concluiu.