"De acordo com as diretivas de Sua Alteza Real Tamim bin Hamad al-Thani, o Estado do Qatar lançou uma ponte terrestre para abastecer a Faixa de Gaza com 12,5 milhões de litros de combustível (...) a um ritmo de 1,25 milhões de litros por dia", avançou a agência noticiosa oficial QNA.

Hoje, segundo dia da trégua entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, 25 camiões de combustível financiado pelo Qatar entraram em Gaza através da passagem de Kerem Shalom para reiniciar a central elétrica que fornece eletricidade a todo o enclave palestiniano, começando pelos hospitais e abrigos para pessoas deslocadas.

"Este é um sinal da posição firme do Estado do Qatar e do seu apoio para aliviar o sofrimento dos irmãos palestinianos", afirmou a secretária de Estado para a Cooperação Internacional, Maryam bint Ali bin Nasser al Misnad.

O Qatar defendeu igualmente a concertação de esforços a nível regional para prestar ajuda humanitária aos civis no enclave palestiniano, manifestando a sua disponibilidade para cooperar com as agências internacionais e "assegurar o fluxo de ajuda para a Faixa de Gaza".

O primeiro dia do cessar-fogo foi marcado pela libertação de três reféns israelitas, raptadas durante os ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, e de 90 prisioneiros palestinianos (69 mulheres e 21 menores).

Na primeira fase do acordo, que entrou em vigor no domingo após 15 meses de conflito na Faixa de Gaza, Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo de seis semanas, durante o qual 33 reféns israelitas serão gradualmente trocados por mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.

Durante as seis semanas, serão igualmente realizadas negociações para uma segunda fase da trégua, que permitirá a libertação de todos os reféns israelitas em Gaza e lançará as bases para o fim da guerra.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, no qual mais de 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 250 foram levadas como reféns para o enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, provocando mais de 47 mil mortos e cerca de 111 mil feridos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

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