Brian Eno apelou ao Tribunal Penal Internacional para que julgue o estado de Israel por eventuais crimes de guerra cometidos em solo palestiniano.

Numa carta aberta ao Tribunal, assinada por si e por Yanis Varoufakis, ex-Ministro das Finanças da Grécia, Eno refere-se à campanha militar de Israel em Gaza como “um genocídio completo e planeado”. Desde o início do conflito, a 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas, que já morreram mais de 41 mil palestinianos.

“Israel respondeu [a esse ataque] com uma força militar avassaladora”, pode ler-se. “Um ano depois, a carnificina continua, sem sinal de ter um fim. Israel foi tomada por um governo assassino de extrema-direita que deixou bem clara e publicamente a sua posição: querem um estado exclusivamente judaico, e não aceitarão ou reconhecerão as Nações Unidas ou qualquer outra organização internacional que sugira o oposto”.

“Se se permitir que isto aconteça, sem uma reação séria por parte do resto do mundo, teremos sacrificado qualquer direito a uma posição moral, e permitiremos a qualquer outro estado agir da mesma forma”, acrescenta.

Nas redes sociais, Eno partilhou essa mesma carta, explicando ao público que poderá imprimi-la e enviá-la ao Tribunal Penal Internacional. “Precisamos de agir o mais rapidamente possível. Ajam agora, ou o Direito Internacional irá perder-se para sempre”.