Lançou recentemente o seu novo álbum, “Paradise Village”, e falou no Posto Emissor sobre as diferenças de costumes e hábitos entre o norte e o sul do país, relatando um episódio ocorrido com o pai de um amigo seu, em Amarante.
“Ele estava num restaurante a comer castanhas e a beber vinho tinto de uma malga. E entrou uma excursão de pessoas que vinham do sul”, contou. “Juntaram-se todos à volta da mesa dele e dos amigos, a tirarem fotos e a dizerem: ‘ah, já viste como é que eles bebem o vinho?’ E ele disse assim: ‘ó minha senhora, você acha que eu sou um animal de zoo?’’
Admitindo que nunca sentiu que os seus próprios fãs vejam a sua obra - influenciada e baseada no norte, mais concretamente na Vila Nova de Gaia de onde é natural -, David Bruno disse sentir “que as pessoas do sul veem o norte como algo muito exótico”. “Eu faço por isso!”, atirou. “Gaia é exótico, as pessoas são bastante exóticas, temos que ser verdadeiros”.
“Mas, ontem, estive a ver… Em termos de números de streaming, o quinto lugar onde o meu novo álbum é mais ouvido é a Amadora! Há alguém que seja mais gozado do que a Amadora? Estes manos, que são mesmo ostracizados, gostam da minha música!”
“Paradise Village” será apresentado ao vivo no Capitólio, em Lisboa, a 13 de dezembro e na Casa da Música, no Porto, a 11 de janeiro de 2025.