Jared Leto está a ser bastante criticado após ter-se referido à Guerra na Ucrânia como “uns problemas”.

Durante um concerto dos 30 Seconds to Mars em Belgrado, na Sérvia, na passada sexta-feira (11 de outubro), o ator e músico saudou, em palco, os cidadãos russos ali presentes. Acrescentou, ainda, que tem saudades de visitar o país - algo que prometeu fazer “assim que estes problemas estiverem resolvidos”.

“Iremos regressar à Sérvia, iremos tocar em São Petersburgo, iremos descer até Kyiv. Iremos festejar com toda a gente”, concluiu.

A frase não caiu bem junto de muitos fãs ucranianos, que o acusaram de minimizar o conflito entre aquele país e a Rússia. No X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros Ucraniano afirmou que “o desejo de Leto de tocar na Rússia é um insulto para com todos os que sacrificam as suas vidas para defender a liberdade”. “Não poderá haver conciliação com a Rússia enquanto esta continuar a tentar resolver o ‘problema’ da existência da Ucrânia”, pode ainda ler-se.

Na mesma plataforma, houve quem vincasse, citado pelo “NME”, que “o que está a acontecer na Ucrânia é uma guerra, e não ‘uns problemas’”. “Se achas bem o que disseste, se simpatizas com quem apoia a guerra, não és bem vindo a Kyiv”, acrescentou. Outro fã escreveu: “parece que aquilo que para os ucranianos é uma guerra é, para o Jared Leto, um mero inconveniente”.

Apesar destes comentários, Jared Leto já demonstrou, por diversas vezes e ao longo dos anos, o seu apoio à Ucrânia. Aquando do rebentar da guerra, o norte-americano afirmou sentir-se “destroçado” com o facto de “ter havido uma escalada tão devastadora”. Em 2014, quando venceu o Óscar para Melhor Ator Secundário pela sua prestação em “O Clube de Dallas”, Leto dirigiu-se a “todos os sonhadores, em países como a Ucrânia e a Venezuela”: “Estamos a pensar em vocês, enquanto vocês lutam para que os vossos sonhos se concretizem”.