O novo robot da ULS Santa Maria foi instalado numa câmara com ambiente altamente controlado. Durante o processo de preparação de um irinotecano, tratamento oncológico mais utilizado em doentes com cancros gastrointestinais, o novo equipamento coloca o soro de diluição num saco, enquanto um dos seus dois motores vai buscar uma seringa a um carrossel, aspira o conteúdo correto do frasco e insere-o no saco de diluição.

João Paulo Cruz, diretor do serviço, afirma que “a grande vantagem deste sistema automatizado, face à preparação manual, é preparar tratamentos para oito doentes em simultâneo”. “Isto porque permite-nos fazer preparações de forma paralela, enquanto manualmente tem de ser em sequência e cada uma pode chegar a 15 minutos”.

Na prática, se até à aquisição deste robot as equipas eram capazes de realizar entre 80 a 100 preparações de tratamentos por dia, maioritariamente para doentes em hospitais de dia, mas também para internados, o novo equipamento permite mais do que duplicar esse número: consegue entre 20 a 60 preparações por hora.

Para além de permitir poupanças de custos e a diminuição de desperdícios, esta novidade tem a vantagem de prevenir a exaustão dos profissionais que trabalham nesta área e reforçar as equipas de outros setores do serviço . “Em termos de recursos humanos, uma equipa normal precisa de pelo menos três elementos por câmara. Até agora, tínhamos três câmaras em funcionamento, ou seja, pelo menos 9 elementos alocados a estes processos. O robot permite, nesta fase e para melhor monitorização do processo, trabalhar com um técnico e um farmacêutico, e no futuro será mesmo possível a presença apenas de um técnico”, acrescenta João Paulo Cruz.

CG/COMUNICADO

Notícia relacionada

ULS Santa Maria utiliza técnica inovadora para diagnóstico de cancro do pulmão