
Com a inauguração deste primeiro edifício, designado SIN01, "vejo não só a duplicação da capacidade atual em termos de 'data centers' em Portugal", como também "o futuro da economia portuguesa", afirmou.
O governante falava durante a sessão inaugural do primeiro de seis edifícios que a Start Campus pretende construir, em Sines, no distrito de Setúbal, até 2030, com 1,2 Gigawatts (GW) de capacidade, num investimento total combinado de 8,5 mil milhões de euros.
Para o governante, este investimento permite a "criação de emprego qualificado, forças de trabalho especializadas e tecnicamente qualificadas, com uma rede de suporte vasta [que] vai da segurança à manutenção das telecomunicações, ao desenvolvimento da gestão e geração de energia" e de uma "rede integrada de infraestruturas".
Um investimento que "permite passar da passagem de dados para o seu processamento e para sua computação, onde está o verdadeiro valor acrescentado a nível nacional", reforçou.
Durante a cerimónia, Pedro Reis realçou ainda "o impacto económico importante e estrutural" deste projeto "no volume de exportações", tanto ao "nível de serviços, [como] na aquisição de equipamentos técnicos especializados [e] na densificação de um ecossistema empresarial".
Também ao nível da sustentabilidade, o governante destacou as "tecnologias avançadas, com a utilização base da água do mar, as energias renováveis, as soluções de autoconsumo, o aproveitamento e tratamento de águas".
Este investimento é "o espelho daquilo que a economia portuguesa pode ser", desde "as alianças estratégicas, profundas e de atração de investimento americano", à "fiscalidade, infraestruturas, incentivos, talento humano e de cadeias de valor", defendeu.
Durante a inauguração do primeiro edifício da Start Campus, Robert Dunn, diretor executivo da Start Campus, referiu que este é principal 'campus' europeu de centro de dados de larga escala preparado para Inteligência Artificial.
"As nossas instalações de última geração irão fortalecer o ecossistema digital, criando mais oportunidades de emprego, atração de talento e proporcionando uma base sólida para o crescimento económico de Portugal", afirmou.
Em comunicado, a Start Campus explicou que é "financiada por investidores globais, como a Davidson Kempner Capital Management LP e a Pioneer Point Partners, que viabilizaram o primeiro edifício de forma totalmente privada e sem capital público, contando com o apoio de um banco norte-americano".
De acordo com a empresa, o arranque da construção do segundo edifício (SIN02), com uma capacidade de 180 MW (o primeiro tem 26 MW), está previsto para meados deste ano.
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