Segundo Fabian Hinz, investigador do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), estas alterações apontam para um aumento substancial na capacidade de produção de mísseis, numa medida que parece estar alinhada com os esforços do Kremlin para sustentar a sua campanha militar na Ucrânia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelou h0je aos líderes do G20 no Rio de Janeiro, a apoiarem a soberania da Ucrânia, um dia após autorizar Kiev a usar mísseis americanos de longo alcance contra alvos militares russos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que visitou as tropas que defendem a cidade de Pokrovsk, um importante ponto logístico para as forças de Kiev na frente leste e onde o exército russo se aproxima cada vez mais.
Os mísseis, conhecidos como Army Tactical Missile Systems (ATACMS), serão inicialmente utilizados contra forças russas e norte-coreanas, apoiando as operações ucranianas na região de Kursk, no oeste da Rússia.
Em entrevista à Executive Digest, Bruno Ferreira da Costa, politólogo e especialista em Conflitos Internacionais da Universidade da Beira Interior, analisou a decisão, que considera inesperada dada a atual conjuntura política nos Estados Unidos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noel Barrot, reiterou hoje que a utilização de mísseis franceses pelas forças ucranianas contra território russo continua a ser "uma opção".
Josep Borrell, o principal diplomata da União Europeia, apelou a uma maior unidade e celeridade na tomada de decisões do bloco, numa altura em que se prepara para o fim do seu mandato de cinco anos como Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
A Rússia acusou hoje o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de "atirar achas para a fogueira" se se confirmar que autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance em território russo.
O Governo polaco saudou hoje a permissão concedida por Washington à Ucrânia, segundo a imprensa norte-americana, para utilizar armas de longo alcance fornecidas pelos aliados ocidentais em território russo.
Esta decisão constitui uma importante alteração à política dos Estados Unidos e ocorre no momento em que Biden está prestes a deixar a Casa Branca e o Presidente eleito, Donald Trump, prometeu reduzir o apoio norte-americano à Ucrânia.
Três centenas de pessoas concentraram-se esta tarde na Praça do Comércio, em Lisboa, para assinalarem os 1.000 dias de "guerra terrorista" na Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
A rede energética da Ucrânia, já muito frágil, teve de enfrentar hoje um dos mais significativos ataques russos dos últimos meses, uma ofensiva que causou nove mortos e cerca de 20 feridos em todo o país, segundo as autoridades.
Os ataques russos têm afetado a capacidade de produção de energia da Ucrânia desde a invasão por Moscovo, em fevereiro de 2022, provocando repetidos cortes de energia de emergência e apagões contínuos a nível nacional.
Moscovo continua a ser "o único obstáculo a uma paz justa" para a Ucrânia, afirmaram neste sábado os países do G7 numa declaração que marca os 1.000 dias da invasão russa da Ucrânia.