Os investigadores demonstram que as letras das músicas têm um papel central na regulação das emoções, na medida em que as pessoas se baseiam nas mesmas para espelhar o que sentem, sentindo-se assim menos sozinhas e mantendo um melhor controlo emocional.

O trabalho, da autoria de Renana Peres e Adi Levy da Business School e de Roni Granot do Departamento de Musicologia da Universidade Hebraica, analisou mais de 2800 canções, escolhidas por pessoas de 11 países, durante o primeiro confinamento da covid-19.

As letras de música que incluíam palavras relacionadas com perda, vida e morte, pertença ou alma foram as mais selecionadas por quem lutava contra a tristeza, a solidão e a necessidade de autorreflexão. Quem sentia necessidade de se distrair optava mais pelo tema da perda, enquanto os que enfrentavam a solidão tendiam mais para letras de músicas sobre pertença.

No que diz respeito às características sonoras — como ritmo, harmonia ou tom — não se verificou qualquer conexão consistente com as emoções sentidas.

“Esta investigação dá-nos uma nova perspetiva em como a música é importante para entretenimento, mas também para a regulação emocional”, afirmou Roni Granot, segundo avança o AlphaGalileo.

Este trabalho é mais um passo para que se aposte na musicoterapia.

MJG

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